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Último dia do ano tem praias fechadas e outras lotadas pelo Brasil

Do UOL, em São Paulo*

31/12/2020 15h41

No último dia do ano as praias brasileiras apresentaram dois tipos de imagens: algumas lotadas e outras bloqueadas para acesso. Em meio à pandemia do novo coronavírus, algumas prefeituras decidiram proibir a entrada de banhistas nas areias. Em outras, porém, houve aglomerações.

Algumas praias do litoral de São Paulo e de Fortaleza começaram o dia com barreiras de proteção e som constantes patrulhas da polícia para evitar o acesso dos banhistas. Em Santos, a prefeitura bloqueou o acesso à faixa de areia e outros locais com risco de aglomerações. A cidade tem uma barreira sanitária montada em seus acessos.

Em Guarujá, também na baixada Santista, a situação é semelhante. Em ambas as cidades, as praias ficarão fechadas até a madrugada de sábado (2). Já em São Vicente e Bertioga o fechamento será apenas na noite de hoje e na manhã de amanhã (1).

Já as demais praia da baixada: Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe mantiveram as praias abertas, alegando dificuldades de impor bloqueios. Mesmo com barreiras sanitárias nas entradas de Praia Grande, as praias lotaram nesta quinta-feira.

Bloqueios também foram instalados em praias de Fortaleza e Recife.

Praias cheias no Rio

O calor de mais de 30 graus e o tempo aberto atraíram banhistas para as praias de Copacabana e Ipanema na manhã de hoje (31), mas a faixa de areia das duas praias mais famosas do Rio de Janeiro não ficou tão lotada como em fins de semana ensolarados dos últimos meses. Porém, era possível encontrar pessoas sem máscaras nas areias e caminhando nas orlas.

Para conter a formação de aglomerações, prefeitura e governo do estado impuseram uma série de restrições, como a redução do horário de funcionamento de transportes, proibição de estacionamento e até o bloqueio dos acessos à orla a partir das 20h da noite de hoje.

As medidas adicionais de prevenção à covid-19 foram adotadas depois que a prefeitura já havia anunciado o cancelamento da festa oficial de Réveillon, que costuma reunir mais de 2 milhões de pessoas na Praia de Copacabana. Além de suspender sua própria queima de fogos e proibir quaisquer outras, a prefeitura decidiu impedir a realização eventos e festas nas areias, calçadão e quiosques.

Atendendo às medidas, os quiosques abertos hoje em Ipanema e Copacabana funcionavam apenas em suas áreas concedidas, sem a presença de música ao vivo ou cercadinhos na areia. Apesar disso, a maioria dos frequentadores estava sem máscaras e muitas mesas estavam dispostas sem distanciamento.

Entre os transeuntes no calçadão, o desrespeito ao uso de máscara também era frequente na manhã de hoje, inclusive entre os que praticavam esportes como corrida ou ciclismo. Guardas municipais presentes no calçadão de Copacabana orientavam vendedores a recolherem mercadorias, e carros estacionados irregularmente na Avenida Atlântica eram rebocados.

Outra restrição imposta pelo poder municipal foi a proibição de barraqueiros permanecerem em pontos fixos da praia. Ao percorrer trechos das duas praias, a reportagem não encontrou barracas com venda de bebidas na areia. Segundo balanço da prefeitura, uma barraca montada irregularmente foi retirada da orla e foram apreendidas mesas, cadeiras, coolers e outros itens.

Ainda que a festa de Réveillon tenha sido cancelada, a movimentação no calçadão e nas ruas internas e na orla de Copacabana era grande na manhã de hoje, com turistas e cariocas lotando bares, restaurantes e supermercados.

Personagens tradicionais do Réveillon do Rio de Janeiro, os vendedores de flores marcaram presença em Copacabana, tanto nas ruas internas quanto na orla, porém em número menor que em anos anteriores. Além de pular as ondas, oferecer flores a Iemanjá, lançando-as ao mar, está entre os costumes de muitos cariocas na virada do ano.

*Com Agência Brasil