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Rio confirma presença de geosmina em água com gosto e odor alterados

Cedae diz que níveis de geosmina encontrados estão dentro dos parâmetros do Ministério da Saúde - Mauro Pimentel/AFP
Cedae diz que níveis de geosmina encontrados estão dentro dos parâmetros do Ministério da Saúde Imagem: Mauro Pimentel/AFP

Do UOL, em São Paulo

28/01/2021 18h28

A Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro) informou hoje que análises de amostras de água apresentaram "traços de geosmina", o que explica a alteração de odor e gosto que vem sendo percebida pela população local.

A empresa afirmou, no entanto, que os níveis encontrados foram "muito baixos" e estão dentro dos parâmetros do Ministério da Saúde.

Moradores do Rio de Janeiro reclamam que a água fornecida pela Cedae está chegando turva e com gosto de terra. A situação já havia acontecido no começo de 2020. Na época, o problema ficou conhecido como "crise da geosmina". A geosmina é um composto orgânico produzido por micro-organismos.

A companhia disse também, em nota, que aumentou a dose de carvão ativado, que atua na remoção da geosmina, utilizado no tratamento da água.

A Cedae explicou também que monitora a quantidade de algas na lagoa e aplica argila ionicamente modificada para diminuir a proliferação dessas algas.

Outra medida adotada pela empresa foi a solicitação aos laboratórios para que os prazos das análises de concentração de geosmina na água sejam reduzidos.

Na última semana, a Cedae chegou a paralisar por algumas horas a estação de tratamento de água de Guandu em função de análises de contagem de algas. Segundo a empresa, "três fatores levam à proliferação de algas nos mananciais: água parada, presença de nutrientes e luz solar. O fenômeno ocorre com maior frequência no verão, exigindo medidas preventivas para manutenção da qualidade da água que sai das estações de tratamento."