Rio confirma presença de geosmina em água com gosto e odor alterados
A Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro) informou hoje que análises de amostras de água apresentaram "traços de geosmina", o que explica a alteração de odor e gosto que vem sendo percebida pela população local.
A empresa afirmou, no entanto, que os níveis encontrados foram "muito baixos" e estão dentro dos parâmetros do Ministério da Saúde.
Moradores do Rio de Janeiro reclamam que a água fornecida pela Cedae está chegando turva e com gosto de terra. A situação já havia acontecido no começo de 2020. Na época, o problema ficou conhecido como "crise da geosmina". A geosmina é um composto orgânico produzido por micro-organismos.
A companhia disse também, em nota, que aumentou a dose de carvão ativado, que atua na remoção da geosmina, utilizado no tratamento da água.
A Cedae explicou também que monitora a quantidade de algas na lagoa e aplica argila ionicamente modificada para diminuir a proliferação dessas algas.
Outra medida adotada pela empresa foi a solicitação aos laboratórios para que os prazos das análises de concentração de geosmina na água sejam reduzidos.
Na última semana, a Cedae chegou a paralisar por algumas horas a estação de tratamento de água de Guandu em função de análises de contagem de algas. Segundo a empresa, "três fatores levam à proliferação de algas nos mananciais: água parada, presença de nutrientes e luz solar. O fenômeno ocorre com maior frequência no verão, exigindo medidas preventivas para manutenção da qualidade da água que sai das estações de tratamento."
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