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Dono de bar tenta fugir da crise e é preso por traficar em app, diz polícia

Suspeito de vender drogas em aplicativo de relacionamento foi preso no Rio - Reprodução
Suspeito de vender drogas em aplicativo de relacionamento foi preso no Rio Imagem: Reprodução

Vinícius Rangel

Colaboração para o UOL, em Vitória (ES)

11/02/2021 19h26Atualizada em 12/02/2021 12h04

O dono de um bar foi preso em flagrante no Rio de Janeiro suspeito de vender drogas por meio de aplicativos de relacionamento gay. A prisão aconteceu na tarde da última segunda-feira (8) e só foi divulgada hoje pela Polícia Civil.

O suspeito de 43 anos foi identificado pela polícia durante patrulhamento. Os policiais da 13ª DP em Copacabana avistaram o homem em atitude suspeita em cima de uma bicicleta, com algo nas mãos.

Os policiais abordaram o suspeito e encontraram com ele dois papelotes de cocaína. Ao ser questionado, o homem alegou que começou a traficar há poucos meses por causa da crise financeira. Disse ainda que a situação estava muito difícil e foi necessário encontrar uma forma de ganhar dinheiro.

Em depoimento na delegacia, o suspeito confessou ao delegado Felipe Santoro que há seis meses comercializava entorpecentes por meio de um aplicativo de relacionamento gay. Ele divulgava a venda de drogas e captava clientes com o nome de "TK delivery 20", informou a polícia.

Toda a negociação era feita via aplicativo. O traficante só conhecia o comprador no momento da entrega, que era realizada pelo próprio autor e no local escolhido por ele. No momento da prisão, o cliente não foi identificado pela polícia.

"A audácia do traficante era tamanha que no próprio perfil anunciava a venda de drogas — 'TK Delivery' significaria a entrega de cocaína. A utilização de código entre traficantes e usuários é antiga e tenta dificultar a atuação da polícia", explicou o delegado Felipe Santoro.

Santoro ainda revelou que o suspeito é proprietário de um bar em Copacabana e que fazia do tráfico uma complementação da renda. O delegado frisou que os bandidos agem nos aplicativos, visando a sensação de nunca serem pegos.

"Os traficantes de drogas agem por meio de aplicativos, visando a impunidade dos seus atos, acreditando que não serão descobertos através de perfis fakes. O anonimato na internet proporciona a sensação, equivocada, de impunidade", finalizou Santoro.

Os policiais agora investigam onde o traficante adquiria as drogas e se há outros participantes do tráfico de drogas no local. O suspeito foi autuado por tráfico de drogas e foi levado ao presídio, onde ficará à disposição da Justiça.