Turista boliviana some após sair para trilha no Morro do Vidigal, no Rio
A Polícia Civil do Rio investiga o desaparecimento de uma turista boliviana na comunidade do Vidigal, na zona sul do Rio. A advogada, Yovanka Aranda Hoffmann, de 57 anos, que morava no Uruguai, foi vista pela última vez no dia 3 quando saiu do hostel onde estava hospedada em Copacabana, também na zona sul, para a trilha do Morro Dois Irmãos.
Para chegar ao ponto de partida da trilha é preciso entrar na comunidade.
Uma fonte da Polícia Civil ouvida pelo UOL nesta tarde disse que a advogada se relacionava com um brasileiro - que já foi identificado e chamado para prestar depoimento. Os dois se conheceram pela internet.
No entanto, a polícia não descarta um desaparecimento proposital da turista - que deixou o hostel com roupas brancas. Yovanka tomava remédios contra depressão.
"Nada está descartado até agora. A Delegacia de Descoberta de Paradeiros assumiu o caso", informou uma fonte da Deat (Delegacia de Atendimento ao Turista) ao UOL.
Yovanka chegou ao Brasil sozinha em dezembro e teve o sumiço comunicado pelo dono do hostel, que relatou não ter visto mais a hóspede desde o começo do mês de fevereiro.
A Deat realizou buscas na trilha do Vidigal, mas a advogada não foi encontrada. Uma amiga dela, que mora no Rio, também esteve na delegacia para colaborar no caso.
Uma amiga da boliviana, Kellys Kelfis, contou ao UOL que a advogada esteve no Brasil no ano passado e foi deportada para o Uruguai em função da pandemia de covid-19. O cachorro de assistência dela, chamado Big, não pôde embarcar devido às restrições sanitárias e ficou na casa de Kelly.
Dez meses depois, em dezembro, Yovanka retornou ao Rio para buscar o cachorro e desapareceu dias depois. "O cachorro ficou comigo por dez meses. Aí ela voltou para o Brasil para pegar o cachorro e depois ela foi ficar com um pessoal que ela conheceu em Barra de Guaratiba [bairro da zona oeste do Rio]", contou.
"O Big não se adaptou por lá e voltou aqui para casa. Ela ficou aqui em casa seis dias até ir para o hostel dia 31. Lá no hostel ela foi vista, falou do filho e foi fazer uma trilha sozinha. Ela chegou a ser vista na trilha e depois desapareceu."
Kellys confirmou a informação da polícia que Yovanka sofre de depressão profunda.
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