Justiça prende oficial da FAB e mulher de sargento detido com cocaína
A Justiça Militar determinou hoje busca e apreensão e prisão de um oficial da FAB (Força Aérea Brasileira) e dois sargentos envolvidos em um caso de tráfico internacional de drogas.
A operação é desdobramento do caso que envolve o sargento Manoel Silva Rodrigues, detido com 37 kg de cocaína durante viagem com a comitiva do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na Espanha, em 2019.
Os mandados foram expedidos pelo juiz Federal Frederico Magno de Melo Veras, da 2ª Auditoria da 11ª Circunscrição Judiciária Militar, em Brasília. Segundo informações do MPM (Ministério Público Militar), foram presos hoje:
- Tenente-coronel Alexandre Augusto Piovesan;
- 2º sargento Márcio Gonçalves de Almeida;
- 2º sargento Jorge Luis da Cruz Silva;
- Wikelaine Nonato Rodrigues, mulher de Manoel Rodrigues.
Segundo informações do MPM, por volta de 12h30, todos já tinham sido presos.
O UOL mostrou que o sargento Manoel Silva Rodrigues segue na ativa e com salário em dia. Segundo informações do portal da transparência, consultado hoje, ele continua ativo nas Forças Armadas.
O sargento integrava uma equipe de 21 militares que prestava apoio à comitiva que acompanhou o presidente Jair Bolsonaro na reunião do G-20, no Japão.
As investigações não identificaram relação do sargento com a comitiva presidencial.
A droga foi encontrada pela Guarda Civil da Espanha ao vistoriar a bagagem dele no aeroporto de Sevilha (Espanha). À época da apreensão, a Guarda Civil da Espanha considerou que havia 39 kg de drogas. No Brasil, a investigação do Ministério Público Militar aponta que são 37 kg e foi com base nessa quantidade que Rodrigues foi denunciado e responde ao processo.
O processo corre sob sigilo.
Em nota, a FAB informou que conduziu o cumprimento de mandados de busca, apreensão e prisão de três militares da instituição. Segundo a Força Aérea, a Polícia Federal foi convidada pela FAB e participou da operação.
"Os três militares detidos encontram-se sob custódia da Aeronáutica e à disposição da justiça, aguardando a conclusão dos procedimentos instaurados. A investigação ocorre sob sigilo da justiça. A Força Aérea Brasileira reitera que atua para coibir irregularidades e que repudia condutas que não representam os valores, a dedicação e o trabalho do efetivo em prol do cumprimento de sua missão Institucional", comunicou.
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