Levando bolsa com R$ 40 mil, cadeirante atira em PMs e morre após infarto
Um cadeirante de 50 anos morreu após sofrer um infarto em meio a um confronto contra a Polícia Militar em Barão de Melgaço, no Mato Grosso, na última terça-feira (22).
O homem, identificado como Antônio Simão Martins, teria efetuado inúmeros disparos contra as autoridades, depois de jogar dinheiro para a população que estava no local. Ele carregava uma bolsa com R$ 44.215 em espécie, de acordo com o contabilizado pelos agentes.
O tenente-coronel Edylson Ferreira explicou que um laudo ainda deve apontar as causas da morte de Antônio, que chegou a ir para o hospital mas faleceu horas depois.
Em vídeos feitos por moradores, é possível ver o suspeito disparando para o alto e, em certo momento, atirando também em direção aos policiais militares.
"Temos informações dos próprios familiares que disseram que ele fazia tratamento psicológico. A sobrinha informou que no dia anterior ele não tinha tomado os remédios de uso constante e controlado para esquizofrenia", disse o tenente.
A família contou à Polícia que Antônio trabalhava com compra e venda de gados, além de emprestar dinheiro mediante cobrança de juros.
De acordo com o boletim de ocorrência, a equipe da PM foi acionada após denúncias de que Antônio estava efetuando disparos de arma de fogo em uma das ruas do município. Chegando no local, os militares tentaram conversar com o cadeirante que continuou atirando.
Os policiais então tentaram se abrigar em um local seguro e continuaram tentando fazer com que Antônio largasse a arma. A filmagem também registrou o momento em que o cadeirante tem uma espécie de convulsão e desmaia com a cabeça caída para o lado.
"Após a queda na cadeira, o pessoal foi lá, tirou a arma dele e viu que aparentemente não tinha nenhuma perfuração ou mancha de sangue. Acionaram a Secretaria Municipal de Saúde, que veio com uma ambulância. Deram socorro a ele e o levaram para o hospital. A equipe médica informou que o óbito foi por parada cardíaca", contou.
Bala encontrada no corpo
Apesar do laudo inicial, o tenente explicou que a Polícia Civil pediu um exame de corpo de delito, que apontou uma perfuração por arma de fogo e um projétil no corpo de Antônio.
O laudo ainda não foi finalizado.
"Abrimos um inquérito preliminar e dependendo da situação vamos ter que pedir outros exames para saber de qual arma partiu o projétil. Se foi da arma dele, da polícia ou de outro disparo que estava alojado no corpo. Só então vamos saber realmente qual foi a causa da morte", avaliou.
Há cerca de dois anos, o cadeirante já havia sido preso por se envolver em uma situação parecida em Barão de Melgaço. Edylson explicou que ele foi até a Câmara de Vereadores e a Prefeitura do Município para cobrar dinheiro de políticos.
Em determinado momento, Antônio sacou a arma e atirou. Ele acabou sendo ferido na perna em um confronto com a PM.
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