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Contra restrições, comerciante coloca fogo em prefeitura no interior de SP

Ataque contra prefeitura teria sido protesto contra restrições em Ribeirão Branco (SP); homem responderá por dano qualificado - Reprodução/Facebook
Ataque contra prefeitura teria sido protesto contra restrições em Ribeirão Branco (SP); homem responderá por dano qualificado Imagem: Reprodução/Facebook

Naian Lopes

Colaboração para o UOL, em Pereira Barreto (SP)

01/04/2021 20h58Atualizada em 02/04/2021 18h00

A Prefeitura de Ribeirão Branco (SP) foi incendiada na manhã de hoje. O principal suspeito é um comerciante da cidade, que fica a 294 quilômetros de São Paulo.

Ele foi identificado como um cabeleireiro que seria contrário aos decretos de restrições por causa da pandemia do coronavírus.

Segundo a Administração, o rapaz foi ao local com um galão de gasolina e ateou fogo no prédio público, danificando a entrada do imóvel. Servidores que estavam no local viram a movimentação do acusado e conseguiram conter as chamas rapidamente.

O suspeito teria fugido em seguida. Apesar do susto, ninguém ficou ferido no episódio.

As autoridades detalharam que, em depoimento, os funcionários disseram que toda a confusão durou menos de um minuto e que o problema não foi maior porque a Prefeitura de Ribeirão Branco decretou ponto facultativo, o que fez com que poucos funcionários estivessem presentes, ajudando a evitar pânico.

O homem foi encontrado e compareceu à delegacia de Itapeva (SP), responsável pela investigação do caso. O suspeito, de 46 anos, afirmou que é cabeleireiro e que a pandemia do coronavírus não tem permitido seu trabalho.

Ele teria se revoltado com as medidas restritivas adotadas na cidade e decidiu incendiar o prédio público em protesto.

Amanhã, o comerciante passará por audiência de custódia e o juiz decidirá se ele poderá responder o processo por dano qualificado em liberdade.

Nota da Prefeitura

A Prefeitura de Ribeirão Branco soltou nota de repúdio contra o ataque em seu perfil do Facebook, afirmando já ter acesso às filmagens que mostram o momento em que ocorreu a ação contra o prédio público.

"Estamos passando por um momento difícil em todo país, mas nada justifica violência, vandalismo ou qualquer outro ato criminoso como este para tentar intimidar o trabalho que vem sendo realizado de forma séria e legal no município", diz um trecho do comunicado.

"Reiteramos nossa tristeza, revolta e repúdio ao ato cometido por pessoas desprovidas de qualquer compreensão do que seja a importância de uma sociedade harmônica", completou a assessoria.