Vans particulares começam transporte de corpos; 30 estão em treinamento
Vans particulares, entre elas as escolares, destinadas ao transporte de alunos da rede privada, começaram nesta madrugada a operar transportando corpos de vítimas de covid-19 na capital paulista. Segundo o Sindsep (Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo), 30 motoristas estão em treinamento e 20 já estão atuando.
Os motoristas trabalham para a empresa Era Técnica Engenharia Construções e Serviços. O contrato fechado com a gestão Bruno Covas (PSDB) prevê a subcontratação de 50 veículos particulares do tipo van, minivan ou furgão, além de quatro veículos de passeio, durante o período de 30 dias.
O objetivo é que as vans apoiem no transporte de corpos dos hospitais para os cemitérios da capital no pior momento da pandemia do novo coronavírus. Segundo o Sindesp, cerca de 60 corpos foram transportados por esses veículos na madrugada.
Segundo a prefeitura, a ação faz parte de um dos esforços do município para "reduzir o sofrimento dos familiares" das vítimas de covid-19.
Para a realização da nova função, os veículos tiveram os bancos e adesivos laterais removidos. De acordo com a entidade, todos serão higienizados no início e no final do trabalho. Motoristas e assistentes receberão materiais para segurança como máscaras, luvas e álcool em gel.
A medida foi alvo de críticas já que a empresa pediu que o Sindicato de Transporte Escolar informasse motoristas de vans escolares da rede privada da possibilidade de usar o veículo para essa finalidade. Sobre isso, a prefeitura se limitou a dizer que "não há contratação de veículos escolares que prestam serviço municipal".
"Alguns motoristas acharam uma péssima ideia, porque depois vão transportar alunos dentro das vans. Mas outros acabaram se candidatando, já que estão sem renda há um ano", explicou o sindicato ao UOL.
Enterros na cidade cresceram 60%
Após sucessivos recordes ao longo desta semana, o mês de março terminou como o mais letal de toda a pandemia no país, chegando a registrar o dobro de óbitos de julho de 2020, considerado o pico da primeira onda.
Com a curva de óbitos em franca ascensão em São Paulo, o número de enterros na capital aumentou 60% na comparação com o mesmo mês de 2020. Em março deste ano, a cidade registrou mais de 9 mil enterros.
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