Caso Henry: Promotor descarta prisão de babá e fala de novo depoimento
O promotor Marcos Kac, responsável pelo Caso Henry, afirmou à CNN que a prisão da babá do garoto não é necessária para as investigações. Na manhã de hoje, Monique Medeiros e Jairinho foram presos e responderão por "homicídio duplamente qualificado com emprego de tortura".
A babá, identificada como Thayná, esteve envolvida em uma troca de mensagens com a mãe do garoto. Na conversa, Thayná diz que Henry ficou trancado em um cômodo com Jairinho e que saiu do local com hematomas. As mensagens são provas para a Polícia Civil do Rio de Janeiro de que Henry sofria agressões do padrasto antes da sua morte, em 8 de março.
Para Kac, a babá realizou um falso testemunho quando depôs sobre o crime, mas a sua prisão é descartada no momento.
"A mãe da criança não desconhecia as agressões anteriores e nos dá a certeza que ambas mentiam", diz o promotor.
"A babá na verdade presta um crime de falso testemunho. Ela pode a qualquer tempo se retratar, que é isso o que o Ministério Público quer que ela possa fazer e contar exatamente tudo aquilo que ela sabe."
O promotor ainda afirmou que a babá não participou de "absolutamente nada no que se relaciona a morte do Henry".
"Ela tem uma participação de menor importância, tanto que ela tomou as providências que ela entendeu, que foi comunicar a mãe. Isso aí está nos prints das mensagens."
Kac ainda disse que a equipe deve tentar fazer com que a babá preste um novo depoimento."Mas independentemente, eu acho que o inquérito está se encaminhando para o seu término, e não vai alterar a verdade dos fatos e nem qual vai ser o desfecho final em relação a esse bárbaro homicídio", defende.
Ele ainda afirmou que as investigações procuram entender o porquê a babá prestou um depoimento em que afirmava que as relações da família eram harmoniosas, e que tipo de pressões ela pode estar sofrendo. Para ele, "todas as hipóteses estão sendo ventiladas."
Agora, a prisão da babá não é necessária para a investigação, o crime que ela responde permite um acordo de não persecução penal", diz. "Não é necessário a prisão dela para nenhum ato de investigação, ela simplesmente pode vir a colaborar com todos os elementos de provas que já temos."
Nas mensagens obtidas pelo UOL, a babá diz que o menino e Jairinho ficaram trancados por alguns minutos em um cômodo com o volume da televisão alto. Henry teria mostrado hematomas após sair do quarto e ainda afirmou ter levado "uma banda" (rasteira) e chutes do padrasto. A criança ainda reclamou de dores no joelho e na cabeça. Leia aqui a íntegra da troca de mensagens.
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