Pai de Henry lembra desespero do filho e condena omissão de ex: 'Demoníaco'
O pai de Henry Borel, Leniel, deu mais detalhes sobre os momentos que antecederam a morte do menino de 4 anos. Segundo ele, o filho já tinha reclamado de agressões do padrasto, Jairinho, mas a mãe do garoto, Monique Medeiros, negou as histórias, afirmando que "mataria" o namorado caso descobrisse que o vereador batia no garoto.
O engenheiro cedeu a entrevista à GloboNews no mesmo dia em que a ex e o padrasto de Henry foram presos, indicados como responsáveis pelo óbito. Em mensagens reveladas pela investigação, a mulher deixou claro que sabia do comportamento violento de Jairinho em relação ao filho.
"Na quarta-feira antes do meu filho falecer, eu ligo para o meu filho e o meu filho fala que não queria ir para a casa da mãe. Eu pergunto pra ele de novo por que ele estava triste, ele estava bem tristinho, aí ele falou assim: 'papai, o tio me machuca, tio Jairinho me machuca'. E ali ela falou: 'ó, esquece, isso não acontece, inclusive eu mataria se eu descobrisse que o Jairinho...que ele machuca nosso filho", detalhou Leniel à emissora carioca.
Ele ainda se mostrou indignado com a diferença de postura da ex-mulher, que se manteve fiel à versão de que Henry havia morrido após um acidente doméstico, apesar do laudo do IML indicar que a criança sofreu diversas lesões graves, com a causa da morte sendo uma hemorragia interna e uma laceração no fígado causada por uma ação contundente.
"Como pode uma mulher que fala que mata por causa do filho estar do lado de alguém que matou o filho dela?", questionou o pai.
"Hoje ficou bem claro que meu filho não queria ir para aquele lugar porque aquele lugar poderia ser uma área de tortura, só que a Monique nunca falou isso pra mim. Eles fizeram eu levar essa sensação de impunidade, de não conseguir ajudar meu filho mais", lamentou Leniel.
O engenheiro ainda definiu o comportamento da ex como "demoníaco" e se declarou ao filho,
"Isso pra mim, me parece demoníaco, assustador, como uma mãe que cuidou bem do filho durante 4 anos, a partir do momento que se junta com uma pessoa que ela mal conhece, poucos meses, pretere ao filho, então assim, muito estranho, entendeu? Eu não consigo explicar? Será que é ganância, luxúria, um novo cargo público? A Monique não tinha uma vida ruim. (...) Quem é mãe é mãe, e a Monique nos últimos dias não foi uma mãe pro meu filho", afirmou ele.
"Sempre vou lembrar do Henry como meu primogênito, meu filho maravilhoso, sempre sorrindo, chamando o papai, 'saudade do papai, te amo papai', aquela criança maravilhosa. Nossa, cara, o Henry vai estar sempre comigo, sempre vou lembrar do meu filho como a melhor coisa que aconteceu na minha vida", completou o pai, emocionado.
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