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Caso Henry: Jairinho passa mal e precisa de atendimento em UPA de presídio

Dr. Jairinho foi preso temporariamente no Rio de Janeiro por suspeita de participação no assassinato do menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos - Érica Martin/Estadão Conteúdo
Dr. Jairinho foi preso temporariamente no Rio de Janeiro por suspeita de participação no assassinato do menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos Imagem: Érica Martin/Estadão Conteúdo

Tatiana Campbell

Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro

10/04/2021 10h57

O médico e vereador Dr. Jairinho (Solidariedade) precisou ser atendido na tarde de ontem na Unidade de Pronto Atendimento [UPA] do Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro, após passar mal.

De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária, o parlamentar solicitou ajuda, foi medicado e passa bem. Dr. Jairinho, assim como Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, passarão os primeiros 14 dias em isolamento por causa da covid-19. Ambos foram presos na quinta-feira (08) acusados de envolvimento na morte da criança de 4 anos.

A defesa do vereador e da professora informou ao UOL que já entrou com um pedido de habeas corpus na Justiça do Rio. O advogado André França Barreto alega que não havia motivos suficientes para a prisão dos dois.

De acordo com as investigações, Dr. Jairinho é suspeito de agredir Henry e Monique Medeiros sabia do acontecimento e mesmo em depoimento protegeu o namorado. Ainda de acordo com a polícia, outro fator importante foi que praticamente um mês antes da morte do menino, a criança sofreu violência por parte do parlamentar, também com o conhecimento da mãe.

Na madrugada do dia 8 de março Henry Borel estava no apartamento da mãe e de Dr. Jairinho quando, por volta das 3h30 foi encontrado, segundo o casal, no chão do quarto gelado e olhos revirados. Ele foi levado por eles ao hospital, mas chegou já sem vida na unidade de saúde. A defesa alega que ambos são inocentes e, aos policiais, disseram acreditar que a criança pode ter sofrido uma queda da cama - hipótese descartada pela polícia devido ao laudo de necropsia.

Na manhã de hoje, o pai de Henry, Leniel Borel, publicou uma mensagem ao filho nas redes sociais. O engenheiro disse: "Príncipe, sempre vou lembrar do seu amor incondicional. A saudade aperta cada vez mais. Queria tanto poder beijar você de novo! A dura verdade aparece a cada dia um pouco mais, mas é muito difícil aceitar perder você de forma tão brutal. Pai, por favor, toma meu filhinho em teus braços. Meu anjo sempre foi seu". E finaliza com uma citação bíblica.