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Irmãos morrem de covid-19 em intervalo de seis horas em SP

Dois irmãos, de 44 e 45 anos, morreram ontem de covid-19 com menos de seis horas de diferença - Facebook/Reprodução
Dois irmãos, de 44 e 45 anos, morreram ontem de covid-19 com menos de seis horas de diferença Imagem: Facebook/Reprodução

Naian Lopes

Colaboração para o UOL, em Pereira Barreto (SP)

10/04/2021 16h45

Dois irmãos, de 44 e 45 anos, morreram ontem de covid-19 em um intervalo de quase seis horas. O comerciante Gustavo Bortoleti e a esteticista Alessandra Bortoleti estavam no Hospital Regional de Mirandópolis (SP) desde o dia 31 de março.

Ambos passaram mal no mesmo dia por causa da doença e foram levados para a unidade de saúde. No dia 1° de abril, eles apresentaram piora no estado clínico e a equipe médica resolveu colocá-los na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Gustavo foi transferido pela manhã, enquanto Alessandra à tarde.

Com dificuldades para respirar, os irmãos Bortoleti acabaram sendo intubados e respirando por ventilação mecânica. Após quase 10 dias, eles tiveram insuficiência respiratória aguda grave e morreram.

A primeira morte confirmada para a família foi de Gustavo. O comerciante veio a óbito às 18h. Já a confirmação do falecimento de Alessandra aconteceu por volta das 23h40 de ontem.

Os irmãos receberam homenagens nas redes sociais de amigos e familiares. Ambos foram lembrados por serem pessoas alegres. "Que tristeza. Pessoas que tenho um carinho enorme. Amigos de longa data. A última vez que nos reunimos só alegria e risadas. Essa é a lembrança que irei guardar. A toda família, meus sinceros sentimentos", lamentou um amigo pela rede social.

Família está devastada

O advogado Marcos Rogério Ferreira, genro de Alessandra, afirma em contato com o UOL que sua esposa, Jéssica, está devastada com a morte da mãe. "Só quem passa por isso sabe o que significa esse vírus e do sofrimento que ele é capaz de produzir", desabafa ele.

Marcos e Jéssica moram no Canadá e não puderam participar do sepultamento, que ocorreu na manhã de hoje, em Mirandópolis. "Nessas horas, não tem tratamento precoce, não tem kit covid, não tem economia, é só tristeza e vazio, impotência e medo", acrescenta o advogado.