UFSC abre procedimento contra aluno que aparece fazendo sexo em aula online
A UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) decidiu abrir um procedimento contra um aluno que divulgou cenas de sexo durante uma aula online do curso de administração. A situação aconteceu na noite de sexta-feira (16).
Em um vídeo que circula nas redes sociais, a professora não esconde a surpresa e desconforto com o que está acontecendo. "Gente, eu não sei o que eu faço numa situação dessas. É a única câmera ligada que eu acho que não deveria estar ligada. Eu estou pensando em, talvez, desconectar aqui e conectar de novo. É constrangedor, evidentemente, e a gente está gravando", disse a professora.
No chat da sala de aula outros alunos também demonstram espanto. "Gente, o que é isso?", disse uma aluna. "Gente, tem uma câmera ligada. Constrangedor", observou outro estudante. Havia 13 pessoas na aula online quando as cenas estavam sendo exibidas.
A estudante Isabella Lacerda, de 25 anos, confirmou ao UOL que as cenas não eram de uma relação sexual gravada e que o estudante das imagens é, de fato, seu colega. "A aula começou com a câmera dele ligada, ele estava de roupa, deixou a câmera ligada e saiu. Depois voltou e já estava acontecendo, então acredito que ele não viu que a câmera estava ligada. Era o o meu colega, com a namorada".
Em nota, a instituição informou que o estudante já foi identificado e que agora devem ser reunidas provas e evidências da considerada grave falta disciplinar. Segundo resolução de 1997, deve ser formada uma comissão de inquérito formada por dois professores, escolhidos pelo reitor, e por um aluno indicado pelo DCE (Diretório Central dos Estudantes). Ao final da apuração, o grupo vai decidir a pena disciplina, que pode variar de advertência a até o desligamento do aluno.
A coordenação do curso, a direção do CFH (Centro de Filosofia e Ciências Humanas) e a Prograd (Pró-Reitoria de Graduação) prestaram "total solidariedade" à professora responsável pela disciplina.
"Além disso, manifestamos nossa absoluta defesa da professora, do curso em todas as suas instâncias e da UFSC, que não têm medido esforços para manter a reconhecida qualidade do ensino e da formação, diante de todas as restrições, limitações e ameaças à universidade pública brasileira", salientou a nota.
Já o IEG (Instituto de Estudos de Gênero) da universidade expressou solidariedade à professora que "sofreu, durante a realização de aula por meio remoto, assédio sexual e moral de um estudante do curso de administração da UFSC", observou a repartição em nota divulgada à imprensa.
O instituto pediu ainda a adoção de "sanções severas" contra toda forma de agressão e desrespeito de gênero. "Violências dessa natureza precisam ser denunciadas e receberem as medidas cabíveis. Nenhuma tolerância contra todas as formas de violências", observou o IEG.
A reportagem procurou a professora por meio da assessoria da universidade. Porém, a docente informou que não irá se manifestar.
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