ES: Nova piscina em prédio onde estrutura desabou custará mais de R$ 1 mi
A construção da nova piscina no condomínio de luxo onde uma raia de 25 metros desabou sobre a garagem na quinta-feira (22), em Vila Velhas (ES), vai custar mais de R$ 1 milhão. A estimativa é do síndico do residencial Parador, Gilmar Assumpção.
Segundo Assumpção, somente o fundo da estrutura foi danificado e as laterais estão intactas. "Toda a área da lateral da piscina está intacta, mas a construtora disse que vai fazer tudo novamente. Tudo será feito com diálogo dos moradores junto com a empresa", explicou.
De acordo com o síndico e a Defesa Civil, não há risco de o residencial desmoronar. O local passará por nova avaliação na terça-feira (27). "Uma empresa especializada foi contratada e está acompanhando tudo. Depois da avaliação, decidiremos se vamos voltar", finalizou Assunpção.
Retorno é "irresponsável e incoerente"
Após vistoria no residencial, o Crea-ES (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo) classificou que seria "irresponsável e incoerente" o retorno dos moradores neste momento. Eles deixaram o local após o acidente, que não deixou feridos.
Durante todo o dia de ontem, engenheiros e especialistas da construção civil estiveram no condomínio de luxo. Eles constataram que, com o desabamento, o teto do subsolo apresentou deformação devido à carga excessiva recebida pela queda do fundo da piscina, ocasionando trincas e rachaduras na laje e em algumas paredes.
Além disso, o escoramento da laje de dois pavimentos inferiores ainda não está concluído. O impacto do acidente afetou o sistema de gás e a área de evacuação foi comprometida com o impacto, o que dificultaria a saída de emergência, no caso de um possível incêndio.
Diante de toda essa situação, o presidente do Crea-ES, Jorge Dias, disse que "qualquer decisão pelo retorno dos moradores é totalmente irresponsável, inconsequente e incoerente". A mesma avaliação é feita pelo Corpo de Bombeiros.
Jorge Dias analisou a situação e concluiu que a piscina desabou por inteiro, devido a corrosão do aço, engastamento insuficiente entre o fundo da piscina e a viga de sustentação. Para ele, a anomalia pode ter sido resultado de falha de projeto, erro de execução ou, até mesmo, problemas com manutenção.
O Crea-ES informou que o relatório de vistoria feito ontem à tarde será apresentado até a semana que vem.
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