Piscina de condomínio de luxo desaba em garagem e danifica carros no ES
Uma piscina de um condomínio de alto padrão em Vila Velha (ES) desabou na noite de ontem em cima de uma garagem. Os escombros foram parar nas ruas do entorno do residencial Parador. Ninguém se feriu.
O barulho alto e o tremor assustaram os moradores que, ao olharem pela janela, viram a piscina destruída e muita água vazando por toda a estrutura, construída em 2018. O incidente aconteceu por volta das 22h, na Praia de Itaparica.
"Foi um tremor e um barulho muito forte. A minha irmã, que estava no prédio, contou que parecia até uma batida e não fazia ideia do que poderia ser. A estrutura fica exatamente embaixo da rampa por onde passam os carros", disse o engenheiro de computação Gabriel Giorisatto.
Assim que houve o desabamento, moradores sentiram forte cheiro de gás vindo da piscina, que era aquecida, e ficaram preocupados com uma possível explosão. O fornecimento de gás foi suspenso.
A Defesa Civil esteve no local e informou que, após o impacto, o piso do estacionamento ameaçava ceder. Entretanto, não há risco estrutural.
A orientação aos moradores dos 90 apartamentos foi a de que deixassem as duas torres, que já está recebendo escoramento, realizado pela construtora responsável, a Argo. O acesso só será liberado após a empresa apresentar laudo estrutural ao órgão, para garantir a segurança.
Há quase cinco anos, a área de lazer de um residencial de luxo em Vitória desabou, soterrando carros. O porteiro do condomínio ficou desaparecido por 15 horas e foi encontrado morto. Além dele, outras cinco pessoas ficaram feridas.
A advogada Natieli Giorisatto não imaginava passar por situação semelhante no condomínio em Vila Velha. "A gente se lembra desse caso de Vitória e do nada acontece no meu prédio. A minha sorte é que a minha mãe mora perto de mim e vim para a casa dela", contou ao UOL.
Residencial passa por perícia do Conselho de Engenharia
O condomínio passou hoje de manhã por perícia das equipes de profissionais do Crea-ES (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo). Foi constatado que o aço que segurava o fundo da piscina não estava preso.
"O engastamento é o aço que passa por baixo da piscina e ele se prende a outra estrutura pra segurar esse fundo. Ele passa por uma laje e fica preso a uma outra estrutura. Isso evita que o fundo possa ceder. E, neste caso, ele não estava preso" afirmou o gerente de fiscalização do Crea, Leonardo Leal.
Com alto padrão de acabamento e lazer com conceito resort, o condomínio foi entregue pela construtora Argo em 2018. Em média, cada apartamento do residencial, de dez andares, custou cerca de R$ 1 milhão.
Por meio de nota, a construtora informou que está prestando a assistência necessária às famílias, além de colaborar com autoridades e órgãos competentes para apurar as causas do desabamento.
"A desocupação das torres, orientada pela Defesa Civil, é uma iniciativa preventiva neste momento, até que todas as avaliações necessárias sejam realizadas. A empresa se prontificou de imediato em arcar com todos os custos de hotel aos moradores."
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