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Professoras trancaram salas ao perceber ataque a creche em SC

Duas crianças morreram no ataque a creche em Saudades - Reprodução/RecordTV
Duas crianças morreram no ataque a creche em Saudades Imagem: Reprodução/RecordTV

Colaboração para o UOL, em São Paulo

04/05/2021 13h04Atualizada em 04/05/2021 16h57

O ataque em uma creche em Saudades, em Santa Catarina, deixou adultas e crianças mortas na manhã de hoje. De acordo com a investigação preliminar, a tragédia não foi maior porque as professoras da instituição perceberam o atentado e trancaram as outras salas que tinham aulas no momento.

O suspeito do atentado foi um jovem de 18 anos, que estava armado com um facão. Ele desferiu golpes em crianças e adultos, segundo a Polícia Militar. A PM confirmou pelo menos quatro mortes no local, sendo três de crianças. A quinta morte foi de uma pessoa ferida em estado grave, que não resistiu após atendimento médico.

"Ele começou a atacar a professora, que correu para uma sala onde tinham crianças. Lá nessa sala, ele agrediu outras pessoas", disse o delegado Jerônimo Marçal, em entrevista à Rádio Vale FM.

Mapa Saudades (SC) - Arte/UOL - Arte/UOL
Mapa Saudades (SC)
Imagem: Arte/UOL

De acordo com o delegado, o apoio de moradores do local também ajudou a impedir mais mortes. "Ele teria deixado o local e foi abordado por populares. Neste momento, ele tentou contra a própria vida, mas não conseguiu. (...) O que entendo até o momento é que a intenção dele era fazer a barbárie e o maior número de vítimas possível e tentar suicídio, mas não conseguiu se matar", afirmou.

A informação preliminar apurada pela investigação aponta que o suspeito chegou em uma bicicleta e não tem problemas mentais aparentes.

Em entrevista à BandNews FM, o prefeito da cidade de Chapecó, João Rodrigues (PSD), afirmou que o jovem é de uma família conhecida da cidade de Saudades e que seu ataque foi interrompido por populares. "É um jovem de família muito boa, não se sabe se teve um desequilíbrio mental. Ele matou duas crianças, matou uma professora e só não foi mais longe porque houve intervenção de um metalúrgico e de um pedreiro, que pegaram o garoto e o interromperam com golpes de barras de ferro", disse.

O jovem foi preso na rua após tentar fugir, sendo encaminhado para atendimento médico no Hospital Beneficente de Pinhalzinho, cidade vizinha. Transferido para Chapecó, seu estado era estável até o meio da tarde de hoje.