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Jovem de 18 anos suspeito de cometer ataque em creche em SC deixa UTI

Do UOL, em São Paulo

07/05/2021 17h39

O jovem de 18 anos suspeito de cometer ataque ocorrido em uma creche no município de Saudades, a 446 km de Florianópolis (SC), recebeu alta da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e foi transferido para enfermaria cirúrgica, segundo boletim médico divulgado na tarde de hoje.

O atentado que matou três crianças e duas mulheres aconteceu na CEI (Centro de Educação Infantil) Pró-Infância Aquarela, voltado para crianças de até 3 anos. Elas foram golpeadas com uma arma branca, tipo facão. Após o ataque, o jovem tentou se matar, mas foi interrompido por populares.

Ainda de acordo com o boletim médico, o rapaz "permanece com boa evolução clínica e cirúrgica, retirada da sedação por completo". Ele apresenta-se atualmente "com drenos essenciais e cânula de traqueostomia, com previsões de serem retirados nos próximos dias".

Já a criança de 1 ano e 8 meses, que sobreviveu ao ataque, "continua internada no Hospital da Criança, em recuperação, estável".

Suspeito tinha perfil reservado

Segundo a Polícia Civil, o suspeito de cometer o atentado tinha o perfil reservado e vinha sofrendo bullying na escola. A apuração inicial dos policiais também aponta que o homem de 18 anos vinha maltratando animais e não queria mais ir à escola, onde cursava o ensino médio.

Ainda de acordo com a polícia, o jovem portava duas armas brancas, mas apenas uma delas teria sido utilizada no ataque. Ambas teriam sido compradas há pouco tempo. De acordo com o delegado da Polícia Civil Jeronimo Marçal, responsável pelo caso, o jovem chegou a afirmar que usaria os instrumentos para maltratar um animal de uma familiar.

"Ele brincou com ela que era para maltratar o bichinho que ela tinha em casa. Ninguém imaginava que ele faria isso", declarou ele, em contato com UOL,

Pedido de prisão preventiva

A Justiça catarinense acatou o pedido do MP-SC (Ministério Público de Santa Catarina) para decretar a prisão preventiva do suspeito. A confirmação da prisão preventiva foi feita pelo delegado Marçal.

O delegado anunciou também que pediu o indiciamento do suspeito por cinco homicídios triplamente qualificados (motivo torpe, por meio cruel e sem possibilidade de defesa às vítimas) e uma tentativa de homicídio, já que uma das crianças sobreviveu.