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MPF quer Exército 24 horas por dia em terra Yanomami

A permanência das forças de segurança está atrelada a implementação de um plano emergencial e até que o governo evacue todos os garimpos situados num raio de 100 km da comunidade - Joédson Alves/EFE
A permanência das forças de segurança está atrelada a implementação de um plano emergencial e até que o governo evacue todos os garimpos situados num raio de 100 km da comunidade Imagem: Joédson Alves/EFE

Colaboração para o UOL

12/05/2021 14h26

O MPF (Ministério Público Federal) pediu à Justiça que a União seja obrigada a enviar uma tropa policial ou militar para ficar de prontidão 24 horas por dia na terra indígena Yanomami da Palimiú, em Roraima. Promotores temem que garimpeiros ataquem o local novamente.

Na segunda-feira (10), um conflito armado deixou, pelo menos, quatro garimpeiros baleados e um indígena atingido de raspão no local, segundo a Associação Yanomami Hutukara. De acordo com o grupo, o tiroteio começou após sete barcos com garimpeiros aportarem na área e atacarem os indígenas da comunidade. O confronto durou cerca de meia hora.

A permanência das forças de segurança está atrelada a implementação de um plano emergencial e até que o governo evacue todos os garimpos situados num raio de 100 km da comunidade. Ibama e Funai também tem devem atuar conjuntamente para combater ilícitos ambientais

A solicitação do MPF acontece depois que a associação apelou a órgãos que atuem com urgência para impedir a continuidade da espiral de violência na terra, além de garantir a segurança de Palimiú. O pedido está inserido na ação civil pública, impetrada no ano passado, que pede a total saída de garimpeiros da terra Yanomami.