Após morte de Lázaro, investigação de crimes será dividida entre delegados
Pedro Paulo Couto
Colaboração para o UOL, em Goiânia
29/06/2021 16h18
Após a morte do criminoso Lázaro Barbosa, ontem, a força-tarefa que estava a cargo de sua caçada será composta pela Polícia Civil de Goiás com o auxílio de agentes do Distrito Federal.
O foco será na investigação dos vários crimes atribuídos ao fugitivo. Eles serão distribuídos entre delegados. A corporação não deu mais detalhes sobre o assunto.
De acordo com o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, a principal apuração é sobre uma possível rede de proteção na região de Cocalzinho (GO) para ajudar na fuga de Lázaro.
"Ele não agia sozinho. Os crimes podem ter a participação de mais pessoas e existe a possibilidade de o suspeito agir a mando de alguém. Temos informações de que ele agia também como jagunço ou segurança na região e vamos apurar", explicou o secretário, ressaltando que ele agia principalmente por dinheiro.
Segundo Miranda, o fazendeiro Elmi Caetano, 73, continua preso por suspeita de ajudar Lázaro e "era um dos chefes da rede criminosa".
"Estamos investigando e temos mais pessoas a serem identificadas. Vamos atrás delas", disse o secretário.
Sobre a ex-companheira do fugitivo e a mãe dela, que foram ouvidas ontem pela polícia em Águas Lindas de Goiás, o secretário contou que uma delas passou mal e irá depor novamente hoje. Ele disse que elas podem responder por facilitação de fuga, assim como Caetano.
"Estávamos monitorando ele [Lázaro], que procurou a ex-mulher antes do desfecho", afirmou Miranda.
Ontem, o governador Ronaldo Caiado (DEM) já havia dito que "Lázaro não era um lobo solitário".
Segundo a Delegacia de Águas Lindas de Goiás, os inquéritos de crimes que têm apenas Lázaro Barbosa como autor devem ser arquivados.