Falsa enfermeira tenta sequestrar bebê, é presa e se contradiz ao depor
Uma jovem de 27 anos foi presa na noite de ontem por tentativa de sequestro ao tentar levar de uma maternidade um bebê recém-nascido, em Curitiba. O caso ocorreu no Hospital do Trabalhador. A suspeita entrou disfarçada de enfermeira e conseguiu acessar a ala do pós-parto do complexo hospitalar.
Segundo a PM (Polícia Militar), a mãe relatou que a jovem entrou na ala e pediu autorização para que levasse a filha para um exame pós-parto. A farsa, contudo, foi descoberta minutos depois pelos funcionários do hospital. Eles desconfiaram da jovem ao vê-la com a criança em direção à saída da unidade e decidiram abordá-la.
"Fomos acionados pelos funcionários que nos relataram a tentativa de sequestro dessa criança, que havia nascido horas antes de ser levada por essa mulher. A sorte é que a equipe do hospital conseguiu desconfiar, a impedindo de sair do local", confirmou ao UOL o tenente Marçal de Souza, do 13º Batalhão da PM, que atendeu a ocorrência.
À PM, a mulher disse que estava grávida e que perdeu no fim de junho o filho devido a um abordo espontâneo. Ela é moradora de Colombo, na região metropolitana de Curitiba, e engravidou no fim de janeiro.
Na bolsa, segundo a PM, a mulher carregava materiais e roupas infantis.
"A informação é de ela que não teria contado sobre a perda ao marido e familiares, o que pode ter provocado esse ato", acrescentou o oficial.
A jovem foi levada à Central de Flagrantes da Polícia Civil. Ela não tem passagem por outros crimes.
Aos investigadores da Polícia Civil, a mulher teria mudado a versão, informando que recebeu a oferta de R$ 10 mil de um casal de Colombo para sequestrar o bebê. Ela não apresentou provas desse depoimento, mas Polícia Civil deverá confirmar a informação ao longo da apuração do caso.
O marido da mulher estava trabalhando no momento do crime. Ele contou aos policiais que não sabia do aborto espontâneo e negou envolvimento na tentativa de sequestro.
Além de tentativa de sequestro, a mulher responde investigação por falsidade ideológica. A reportagem questionou a Polícia Civil para saber se ela continua presa e aguarda o retorno.
Protocolos foram efetivos, diz hospital
Em nota ao UOL, o Hospital do Trabalhador informou que "os procedimentos de segurança adotados foram efetivos", pois bloqueou a saída da mulher com a criança no colo.
"Conforme protocolo de conferência de documentos e pulseiras de identificação da mãe e do bebê, neste caso não havia a pulseira na suposta mãe e sim apenas na criança. Imediatamente a mulher foi indagada sobre a falta da pulseira e solicitado seus documentos, os quais, não foram apresentados", descreveu.
De acordo com o hospital, a criança foi "prontamente devolvida" à mãe. "A Maternidade do Hospital do Trabalhador possui 27 anos de funcionamento sem nenhuma ocorrência desta natureza, demonstrando a qualidade dos seus protocolos de segurança", concluiu.
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