Tiroteios no Rio aumentam mesmo com restrição de operações pelo STF
A decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de restringir as operações policiais em comunidades do Rio de Janeiro durante a pandemia de covid-19 não foi capaz de conter o número de tiroteios no Grande Rio no primeiro semestre do ano. Segundo dados do Instituto Fogo Cruzado, o total de confrontos armados cresceu 7% em comparação aos primeiros seis meses de 2020.
De acordo com as estatísticas do Fogo Cruzado, foram registrados 2.791 tiroteios no Grande Rio entre janeiro e junho contra 2.604 no mesmo período de 2020. O número de mortos e feridos também aumentou 7% e 15%, respectivamente.
A pedido do PSB, da Defensoria Pública do Estado e de entidades da sociedade civil, o ministro Edson Fachin —relator da ADPF (Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental) sobre violência policial no Rio— determinou que o MPF (Ministério Público Federal) apure se as autoridades fluminenses descumpriram a restrição de operações ordenada pelo Tribunal.
Em junho de 2020, Fachin concedeu uma liminar nessa mesma ação ordenando que durante a pandemia só fossem realizadas operações policiais em comunidades em circunstâncias excepcionais —a decisão foi referendada pelo plenário do STF.
No entanto, após redução expressiva de letalidade nos primeiros meses após a decisão entrar em vigor, os índices de mortes por intervenção policial e o número de operações voltaram a subir a partir de outubro, retornando a patamares próximos aos de antes da decisão de Fachin.
Assim como o número de tiroteios em geral, os confrontos com a participação das forças de segurança pública também cresceram 7% no período —de 773 para 829.
Operações são maior causa de tiroteios
As operações policiais foram, de longe, a maior causa de tiroteios no Grande Rio neste primeiro semestre: apenas ações desse tipo resultaram em 768 trocas de tiro —27,5% do total.
O número de confrontos causados por guerras de facção também disparou: foi de 13 para 64 no período, motivado sobretudo por áreas em disputa na Praça Seca, na zona oeste da capital, e em Niterói.
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