Doze presos fogem de penitenciária usando corda para escalar muro
Doze presos conseguiram fugir da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, localizada no município de Nísia Floresta (RN), na região metropolitana de Natal, na madrugada de hoje. A fuga ocorreu após presos conseguirem abrir o espaço de ventilação da cela 9, da ala A, do pavilhão IV, e terem acesso ao terreno da unidade prisional. Eles usaram uma 'teresa", espécie de corda feita por lençóis, para escalar a muralha do presídio e fugirem.
Até agora, nenhum fugitivo foi recapturado. Equipes da Polícia Penal e das forças de Segurança pública estão mobilizadas em operação para capturar os fugitivos.
Massacre em Alcaçuz
A penitenciária de Alcaçuz registrou uma das maiores fugas, ocorrida em janeiro de 2017, quando 56 internos conseguiram escapar durante uma briga entre facções rivais. A rebelião ficou conhecida como o "massacre em Alcaçuz" por ter vitimado 26 presos, sendo 24 decaptados. A rebelião foi a maior da história do sistema prisional do Rio Grande do Norte. Os presos rebelados destruíram parte da penitenciária de Alcaçuz e do presídio Rogério Coutinho Madruga ficaram destruídos durante a briga. Os locais foram recuperados em 2018.
A última fuga na penitenciária de Alcaçuz ocorreu em 2017, quando um preso Francisco Carlos dos Santos conseguiu escapar, mas pouco tempo depois ele foi recapturado no município de Parnamirim, na região metropolitana de Natal. O interno era considerado de "confiança" e trabalhava na cozinha e em serviços gerais na unidade prisional.
Dez presos decidiram não fugir
A Seap (Secretaria de Administração Penitenciária) informou que a cela nove abrigava 22 presos, porém dez deles decidiram não empreender fuga. Os presos soltaram um vergalhão de uma das camas da cela e conseguiram abrir o espaço de ventilação da cela, que fica no banheiro, para fugir. Já no terreno da unidade prisional, os presos usaram uma "teresa" para escalar o muro e fugir.
Os fugitivos foram identificados. Segundo a Seap, quatro deles são líderes de uma facção criminosa. Entretanto, apesar da identificação deles, a secretaria não detalhou quais dos 12 fugitivos são os líderes da facção.
Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal prestam apoio
Para tentar capturar os fugitivos, estão em ação equipes de policiais penais de plantão, além do efetivo extra da Polícia Penal acionado pela secretaria, incluindo o GOE (Grupo de Operações Especiais), GPOC (Grupo Penitenciário de Operações com Cães), GEP (Grupo de Escolta Penal) e DOT (Departamento de Operações Táticas). "A Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal prestam apoio a ação", informou o governo do Rio Grande do Norte, por meio de nota.
A direção da penitenciária de Alcaçuz registrou Boletim de Ocorrência na delegacia de Nísia Floresta sobre a fuga dos 12 presos. Hoje, peritos do Itep (Instituto Técnico Científico de Polícia) estiveram na penitenciária e realizaram perícia no local. A Seap instaurou procedimento para apurar as circunstâncias da fuga.
A secretaria pede que a população contribua com informações sobre o paradeiro dos 12 fugitivos. O número (84) 9 8105-1532 está disponível para receber as informações. O anonimato é garantido.
De acordo com dados da Seap, o pavilhão IV custodiava 738 presos. A penitenciária de Alcaçuz tem cinco pavilhões com um total de 151 celas. Atualmente, o presídio está superlotado, custodiando 1.649 presos condenados pela Justiça. A penitenciária de Alcaçuz tem capacidade para 620 presos.
Relação dos fugitivos:
1 - Alziro Tony da Silva
2 - Antônio Marcos Sena da Silva
3 - Cleyton Marques de Mendonça
4 - Francisco Alef Guedes de Lima
5 - Francisco Damião Virgínio de Oliveira
6 - Francisco Eliomar Faustino Júnior
7 - Francisco Rat Pereira da Costa
8 - Genilson Silva de Andrade
9 - Henrique de Oliveira Souza
10 - Ivanaldo Sales da Silva
11 - Max Soares da Silva
12 - Osvanildo Maria da Silva
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