Topo

Meninos desaparecidos no RJ: Ossada achada em rio não é humana, diz perícia

Meninos desaparecidos em Belford Roxo, na Baixada Fluminense - Imagem: Montagem/UOL
Meninos desaparecidos em Belford Roxo, na Baixada Fluminense Imagem: Imagem: Montagem/UOL

Daniele Dutra

Colaboração para o UOL, no Rio

02/08/2021 13h36Atualizada em 02/08/2021 16h00

A ossada encontrada em um saco plástico na última sexta-feira (30) em um rio de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, não é humana, segundo laudo de perícia ao qual o UOL teve acesso.

O rio foi indicado na semana passada por um homem como o local da suposta desova de cadáveres de três meninos desaparecidos desde dezembro de 2020.

A perícia analisou seis fragmentos de ossos —quatro deles em estado de putrefação. O Laboratório de Antropologia Forense, do IML (Instituto Médico-Legal), concluiu que os ossos são incompatíveis com a espécie humana.

"O material coletado é referente a vértebras caudais de animais e não de falanges humanas", diz o documento. Fontes do UOL afirmam que a ossada pode ser de um animal bovino.

A DHBF (Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense) fez uma varredura no rio Botas com a ajuda do Corpo de Bombeiros para tentar encontrar pistas que levassem ao paradeiro de Lucas Matheus da Silva, 8, Alexandre da Silva, 10, e Fernando Henrique Ribeiro Soares, 11.

A busca aconteceu após informações de uma testemunha que informou à polícia que seu próprio irmão, a mando do tráfico, teria jogado os corpos das crianças nesse rio, dentro de sacos.

Na sexta-feira, os agentes encontraram um saco com ossos e fios de cabelo nas duas horas de buscas. O material foi entregue para análise pericial, que descartou que o material fosse humano.

Antes que as buscas ocorressem, a avó de dois dos três meninos disse ao jornal O Globo não acreditar na versão. Para Silvia Regina, eles "estão vivos" e a versão seria para "despistar".

Uma das linhas investigativas da Polícia Civil é a de que os meninos foram mortos por traficantes da região após terem roubado um passarinho de um dos criminosos. As investigações e as buscas pelas crianças continuam.