Meninos desaparecidos no RJ: Ossada achada em rio não é humana, diz perícia
A ossada encontrada em um saco plástico na última sexta-feira (30) em um rio de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, não é humana, segundo laudo de perícia ao qual o UOL teve acesso.
O rio foi indicado na semana passada por um homem como o local da suposta desova de cadáveres de três meninos desaparecidos desde dezembro de 2020.
A perícia analisou seis fragmentos de ossos —quatro deles em estado de putrefação. O Laboratório de Antropologia Forense, do IML (Instituto Médico-Legal), concluiu que os ossos são incompatíveis com a espécie humana.
"O material coletado é referente a vértebras caudais de animais e não de falanges humanas", diz o documento. Fontes do UOL afirmam que a ossada pode ser de um animal bovino.
A DHBF (Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense) fez uma varredura no rio Botas com a ajuda do Corpo de Bombeiros para tentar encontrar pistas que levassem ao paradeiro de Lucas Matheus da Silva, 8, Alexandre da Silva, 10, e Fernando Henrique Ribeiro Soares, 11.
A busca aconteceu após informações de uma testemunha que informou à polícia que seu próprio irmão, a mando do tráfico, teria jogado os corpos das crianças nesse rio, dentro de sacos.
Na sexta-feira, os agentes encontraram um saco com ossos e fios de cabelo nas duas horas de buscas. O material foi entregue para análise pericial, que descartou que o material fosse humano.
Antes que as buscas ocorressem, a avó de dois dos três meninos disse ao jornal O Globo não acreditar na versão. Para Silvia Regina, eles "estão vivos" e a versão seria para "despistar".
Uma das linhas investigativas da Polícia Civil é a de que os meninos foram mortos por traficantes da região após terem roubado um passarinho de um dos criminosos. As investigações e as buscas pelas crianças continuam.
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