Polícia apura se falsa médica passou a agir após relação com plantonista
A Polícia Civil apura se a estudante de odontologia Nathiely da Silva do Nascimento, de 20 anos, conseguiu acesso ao Hospital Municipal Miguel Couto, na zona sul do Rio de Janeiro, por intermédio de um médico que fazia plantões na unidade. Os dois teriam tido um relacionamento. A informação foi dada pela direção do hospital na 12ª DP (Copacabana), onde Nathiely é suspeita de se passar por médica.
Nathiely do Nascimento foi presa em flagrante na noite de quinta-feira (19) dentro do Miguel Couto pela Polícia Militar pelo crime de uso de documento falso - que tem pena de 2 a 6 anos de prisão. Com ela, foram apreendidos um documento de auxiliar de saúde bucal, um carimbo - comprovando sua especialização em odontologia -, jaleco branco, um pijama hospitalar e o crachá falso de estagiária, que era usado por ela para entrar no hospital.
Para a polícia, a direção da unidade informou que, no dia 15 de junho, recebeu uma denúncia contra Nathiely. A equipe recebeu "prints" das publicações realizadas por ela nas redes sociais e a informação de que a estudante circulava pelos corredores do hospital.
Ao começar a apuração, a direção descobriu que Nathiely frequentava a unidade com a ajuda de um médico - ele não teve o nome divulgado.
Na quinta-feira (19) a diretora da unidade viu a estudante na cantina do Hospital Miguel Couto e decidiu abordá-la. A jovem teria dado algumas versões que geraram mais desconfiança. Logo em seguida, a Polícia Militar foi acionada.
Nas redes sociais, Nathiely se apresentava como médica ortopedista. Ela postava fotos falando sobre uma "rotina de medicina". A jovem possui pouco mais de 6.500 seguidores. Em um dos destaques do Instagram, intitulado como "medicina", a estudante publicava imagens, por exemplo, com estetoscópio e prescrição de medicamentos.
A Polícia Civil apura se ela já atuou como falsa médica em outra unidade de saúde já que em outras postagens ela diz estar no Hospital federal dos Servidores, na Saúde, e em uma Unidade de Pronto Atendimento.
Apesar das investigações apontarem que Nathiely do Nascimento pode ter realizado algum tipo de consulta, a Secretaria Municipal de Saúde nega. Procurada pelo UOL, a pasta afirmou que "a suspeita não trabalhava na unidade. Ela usava indevidamente o nome do hospital em postagens nas redes sociais e na noite desta quinta-feira acessou o prédio com um crachá falso, sendo identificada e retida pelos vigilantes, até a chegada da viatura policial. A direção registrou boletim de ocorrência na delegacia e o caso está agora sob investigação da Polícia Civil".
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) reforçou a importância de verificar a documentação dos candidatos a vagas em unidades de saúde.
"O Cremerj reforça a importância da verificação da documentação por parte dos gestores antes de realizar qualquer tipo de contratação, seja para atuar na rede pública ou privada. O Cremerj reforça que todos os profissionais inscritos podem ser verificados no site cremerj.org.br".
A reportagem tenta contato com a defesa de Nathiely.
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