Garoto de 10 anos 'desaparecido' por 11h é encontrado dentro de sofá-cama
Após mais de 11 horas de angústia e buscas pelo filho desaparecido pelas ruas de Blumenau (SC), na madrugada de sexta-feira (20), o eletricista Ataildes da Mata Santos encontrou seu filho, Yan Lucas, de 10 anos, dentro do sofá-cama da casa em que vivem. O menino tinha deixado um bilhete dizendo que fugiria de casa, mas ficou escondido por várias horas num buraco que fez no estofado.
"O dia foi bem tenso. Meu filho deixou um bilhete dizendo que tinha fugido, mas me amava", disse o pai, que cuida sozinho do menino, em conversa com o UOL. Os motivos da "fuga" seriam a possível cobrança que seu pai faz em relação aos seus estudos. "Eu cobro muito ele na questão da escola, nas tarefas. Meu filho não tinha feito uma tarefa e a professora mandou um bilhete pedindo explicação. Acho que, por medo, ele ficou acuado".
Yan costuma ir para a escola sozinho pela manhã. Ao ligar para a instituição de ensino e saber que o filho não havia comparecido à aula, o pai se desesperou e começou as buscas. Ao UOL, a Polícia Militar em Blumenau informou que foi acionada por Ataildes e que auxiliou na procura pelo garoto.
O pai também recebeu ajuda de amigos e conhecidos, que compartilharam nas redes sociais a foto de seu filho com seu telefone para contato. "Conforme o tempo vai passando, fica aquele conflito de sentimento dentro de você, aquela luta interna 'vai dar certo, não vai dar certo', só pensa coisa negativa. A outra pessoa que estava comigo tentava me incentivar", afirmou Ataildes.
Por volta das 4h30 da madrugada desta sexta-feira, ele voltou para casa pensando que talvez alguém havia encontrado Yan e ele estaria em casa. "Sentei no sofá-cama para pensar o que ia fazer e ouvi um gemido [de sono]. Olhei para a janela e não vi nada. Tive a ideia de puxar a parte do sofá e meu filho estava deitado dentro do sofá-cama. Ele fez um furo no forro, colocou uns panos e lençóis, deitou e fechou. Jamais imaginaria que ele estaria ali dentro", confessa o pai, ao comentar a engenhosidade da criança.
"Foi um alívio [encontrar ele]. A minha outra alternativa era ver as câmeras do comércio da rua para ver para onde ele tinha fugido", conta o pai. ]
A mãe de Yan vive em Brasília e, quando o eletricista sai para trabalhar, ele normalmente fica com uma vizinha, identificada como dona Marta. Mas o garoto não foi para a casa dela e se dirigiu para o próprio lar, onde aprontou a "travessura".
Ataildes quis saber do filho onde ele tinha visto ou aprendido a fazer o que ele fez. Ao pai, Yan explicou que não viu em nenhum lugar, apenas teve a ideia. Apesar do susto que deu, o garoto está bem.
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