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Advogado é suspeito de agressão em suposto caso de homofobia em SC; vídeo

Abinoan Santiago

Colaboração para o UOL, em Florianópolis

05/09/2021 13h31Atualizada em 05/09/2021 15h24

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um homem de 31 anos sendo agredido na saída de uma casa noturna, em Jaraguá do Sul, a 192 km de Florianópolis. A Polícia Civil de Santa Catarina recebeu o caso e apura supostas práticas de crimes de lesão corporal e homofobia.

O caso aconteceu na madrugada de 2 de setembro. No vídeo, a vítima é imobilizada ao chão e depois agredida com socos. Uma jovem tenta intervir, mas não consegue segurar o suspeito.

De acordo com a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Santa Catarina, o agressor é um advogado registrado na seccional do Paraná. O UOL entrou em contato com a entidade paranaense e aguarda o retorno.

No boletim de ocorrências registrado pela vítima, o homem relata que ambos discutiram dentro de um bar depois que o suspeito teria se intrometido em uma conversa. Depois de deixar o local, o advogado o seguiu e o abordou na rua.

A vítima chegou a ser levada a um hospital de Jaraguá do Sul, porém, sem ferimentos graves.

Relatos preliminares apurados pela Polícia Civil sugerem que a confusão esteja relacionada a um suposto caso de homofobia. O caso foi encaminhado ontem após registro pela PM (Polícia Militar), com inquérito a ser instaurado amanhã.

"A polícia realizou algumas diligências preliminares, mas o inquérito será formalizado na segunda-feira [6]. Se comprovado que o fato realmente aconteceu no contexto da homofobia, além da lesão corporal, o autor também poderá responder por esse outro crime. Só que ainda é necessário aguardar a conclusão do inquérito, com oitiva dos envolvidos e testemunhas para confirmar se as agressões ocorreram no contexto de homofobia", explicou o delegado Marcelo Schiebelbein.

Em nota, a OAB de Santa Catarina repudiou o ato praticado pelo advogado e sugeriu que a seccional paranaense tome medidas disciplinares contra o associado.

"Confirmamos que ele é registrado na seccional do Paraná. A gente não pode agir contra o agressor, mas nos manifestamos com repúdio contra o fato. Iremos sugerir à entidade do estado vizinho a instauração do processo disciplinar", afirmou ao UOL, Margareth Hernandez, presidente da Comissão de Direito Homoafetivo e Gênero da OAB-SC.