Policial é investigada por mostrar arma durante briga de trânsito no Acre
Uma policial civil está sendo investigada pela corregedoria da instituição por supostamente sacar uma arma durante discussão de trânsito em Rio Branco, capital do Acre. O autor da ação, dono de uma caminhonete que transitava na rua São Raimundo, no Conjunto Tangará, diz que encontrou o caminho bloqueado por dois carros, estacionados em lados opostos da via, que é estreita.
Segundo a defesa do denunciante, o motorista começou a buzinar na tentativa de atrair os proprietários dos outros veículos e após algum tempo de insistência, que chamou a atenção de moradores, a policial, identificada como Luciana Vogel, saiu de um salão de beleza já com a arma em mãos. No local, havia mais testemunhas e outro condutor que gravou a cena. No vídeo, não é possível identificar que objeto Luciana tem em mãos.
Segundo a defesa do denunciante, ao sair do estabelecimento, a mulher imediatamente se identificou como policial, mas não informou seu nome ou a corporação da qual fazia parte. A defesa ainda diz que ela observou a roupa do condutor da caminhonete, que estava com o uniforme da distribuidora que gerencia, fez ameaças e pediu que ele saísse do carro, o que não aconteceu.
"Ela estava muito exaltada com ele e falou: 'Eu sou autoridade, quem manda aqui sou eu, se você quiser passar dê ré e passe por outra via'. E em certo momento ela também falou: 'Ah, então você trabalha nessa distribuidorazinha? Mais tarde eu vou lá conversar com você', mas em tom de ameaça, coagindo", relatou Luma Alencar, da WS Advogados, que representa o autor da ação, ao UOL.
Segundo Alencar, a policial mudou o tom apenas ao perceber que o motorista do segundo veículo estava gravando, momento em que começou a esconder a arma e falar mais baixo. Ela ainda conversou com o homem que registrava a cena, antes de retirar o carro do caminho, alega a defesa do denunciante.
Afetado pela situação, o motorista da caminhonete decidiu acionar ajuda jurídica e denunciar a policial para a corregedoria. O incidente foi no dia 10, mas as imagens se tornaram públicas na segunda-feira (20). Segundo Alencar, ele ainda deseja entrar com uma ação cível contra a mulher.
O UOL tentou contato por telefone com a advogada de defesa da policial, mas não teve retorno. O espaço está aberto para posicionamento.
Procurada, a Corregedoria da Polícia Civil informou que recebeu a denúncia e abriu o processo investigativo. "Serão apurados os vídeos e depoimentos, e a vítima e a policial serão ouvidas para que a corregedoria possa se pronunciar", informou o órgão.
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