Pais se assustam com vizinho suspeito de estupro e nazismo: 'Coisa nojenta'
Vizinhos de Aylson Proença Doyle Linhares, de 58 anos, preso na manhã de hoje suspeito de estupro de vulnerável se disseram surpresos com as denúncias feitas contra o morador, que tem um apartamento em um condomínio de Vargem Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro. Ao realizar a prisão na casa do investigado, os policiais encontraram também uma coleção de artigos nazistas que, segundo o próprio, vale milhões de reais.
As investigações apontam que o suspeito abordava menores de idade nas dependências da habitação para assediá-los. O comportamento criminoso foi denunciado pelos pais de um menino de 12 anos, que deu início ao caso. "Nunca podia imaginar que meu filho estivesse em perigo na porta da minha casa", afirmaram os pais do garoto em entrevista anônima ao Jornal Extra.
"Nunca iríamos imaginar que um vizinho, que nunca tínhamos visto e só fomos perceber há cerca de dois meses fosse fazer uma coisa tão nojenta como essa. É um condomínio tranquilo, com pessoas de bem e crianças brincando na rua", declarou um outro morador, também à imprensa carioca,
Com um mandado de busca e apreensão em mãos, junto à voz de prisão, os policiais encontraram 12 fardas originais, bandeiras, um quadro de Adolf Hitler, recortes de jornal dos anos 1950 sobre o nazismo e fascismo, medalhas do Terceiro Reich, capacete militar, e um documento da SS (Schutzstaffel) - organização paramilitar ligada ao partido nazista, com a foto do suspeito. Além disso, foram apreendidas armas, munições e material pornográfico.
Segundo o delegado Maurício Armond, o homem foi preso em flagrante pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, armazenamento de material pornográfico infantil e discriminação racial. Segundo as leis brasileiras, pode ser preso por um a três anos quem fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos nazistas.
À polícia, o suspeito disse que o material encontrado no imóvel dele está avaliado em três milhões de euros (R$ 19 milhões).
"Ele nega que venda os produtos, mas vamos tentar desvendar de onde vem esse material. Algumas peças têm etiquetas de leilões e essa pode ser uma boa pista", afirmou Armond, à agência Reuters. "Ele é uma pessoa inteligente, articulada, mas negacionista do Holocausto, um cara homofóbico, pedófilo e que se diz caçador de homossexuais. Não sou médico, mas tem um postura de um louco psicopata".
"É algo impressionante e jamais visto por aqui. Não só pela quantidade apreendida, mas pela preciosidade. Obras de arte, fardas e armas originais da Alemanha nazista e muito, mas muito mais. Ele é de um família de posses. Os pais eram investidores e parte da herança ele usava para essa coleção nazista", acrescentou Armond.
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