Diarista acha envelope com dinheiro e devolve a dono, no ES: 'não era meu'
A diarista Gessi Miranda, de 52 anos, voltava para casa a pé quando encontrou um envelope caído em uma rua, em Cachoeiro de Itapemirim (ES), na última quarta-feira (6). Ao abrir, se deparou com R$ 4.750,00, quase o equivalente ao que ela ganha em um ano de trabalho com faxinas. Na mesma tarde, buscou localizar o estabelecimento comercial de materiais de construção identificado no papel e, sem pensar duas vezes, foi devolver a quantia.
"Eu não imaginava que fosse um envelope com uma quantia boa de dinheiro. Pensava que era envelope de professora ou aluno. Quando abri, me deparei com o dinheiro", explica Gessi em entrevista ao UOL. "Vi que tinha um nome e que era de uma loja de material de construção. Fica a uns 20 minutos da minha casa. Vim em casa e depois fui lá levar".
O proprietário da loja tinha deixado o envelope em cima do carro, quando, em algum momento, o objeto caiu. Ao chegar no estabelecimento, Gessi foi atendida pela esposa do homem.
"Eu falei para ela que saí do trabalho, encontrei o envelope e tinha o nome da loja. 'Pensei: deve ser de vocês'. Ela me encarou e me abraçou. Disse: 'nosso Deus, você achou e entregou'. Eu falei que não era meu", ressalta a diarista, que costuma receber em média cerca de R$ 400 por mês com seu trabalho.
De acordo com ela, o dono do dinheiro estava passando por supermercados da cidade para ver com conhecidos empresários se as câmeras de segurança haviam captado imagens de quem teria pegado o envelope e voltou ao ponto comercial ao saber da devolução.
"Ele chegou pra mim e falou: 'eu tava pedindo a Deus para quem achou, que fosse uma pessoa boa e honesta, que eu daria uma recompensa. Você é de Deus, é uma santa'. E a esposa dele chorando", conta ela. Ele a presenteou com R$ 500 reais.
A lição que Gessi deixa é de que sempre deve haver a consciência da pessoa entre o certo e o errado. Ela disse que, mesmo que não houvesse algo para identificar o dono, ela guardaria o envelope e esperaria ver anúncios de conhecidos ou em páginas sobre a perda do dinheiro, para poder devolvê-lo.
Eu tenho isso na minha consciência. Do jeito que eu sou uma diarista, estou vendo como é difícil lutar para ter as coisas com R$ 400 reais por mês. Eu sei que o que estava ali era o suor dele. É um dinheiro lutado igual. Mesmo que ele seja uma pessoa de 'nível alto'..
Gessi Miranda, diarista
O UOL tentou contato com o dono do envelope e sua esposa, mas, até o momento, não conseguiu contato nem pelos números de telefone pessoais, nem pela loja de materiais de construção. O espaço será atualizado tão logo haja resposta.
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