Boate Kiss: Juiz interromperá júri para jogo entre Grêmio e Corinthians
O juiz Orlando Faccini Neto afirmou neste sábado que vai interromper amanhã, às 17h, o julgamento dos réus acusados pelo incêndio na boate Kiss durante o jogo entre Grêmio e Corinthians. A intenção é que os jurados consigam assistir, ao menos, o segundo tempo da partida, que começa às 16h.
"Eu vou viabilizar, se todos concordarem, de que eles [os jurados] vejam o segundo tempo do jogo para dar uma relaxada. Então, eles verão o segundo tempo do jogo e à noite a gente segue", disse o magistrado ao final do quarto dia do Tribunal do Júri, que ocorre em Porto Alegre.
Na última quinta-feira (2), Faccini Neto já havia afirmado que é corintiano ao ingressar rapidamente na sala de imprensa.
A coordenação do júri pelo magistrado tem chamado a atenção de quem acompanha o julgamento. O magistrado não poupa palavras para dar broncas nos advogados e até em promotores de Justiça. Chegou a oferecer a própria marmita para um advogado que reclamou do tempo de intervalo.
Fora dos tribunais, Faccini Neto adota um tom despojado. Nas redes sociais, o juiz aparece de bermuda, camisa e pés descalços. O perfil no Instagram é aberto e cheio de fotos de viagens. Em vídeos caseiros, toca violão —por vezes, sem camisa.
Júri já ouviu 13 pessoas; restam 16
Até agora, 13 pessoas já prestaram depoimento no Tribunal do Júri, considerado o maior da história do judiciário gaúcho, devido ao tempo de duração e estrutura envolvida. Ainda restam 16 pessoas para serem ouvidas — dessas, 12 são testemunhas e quatro são vítimas.
Hoje, três pessoas prestaram depoimento. O primeiro a ser ouvido foi Alexandre Augusto Marques de Almeida, 38 anos, que disse que o uso de fogos de artifício trazia "glamour" às bandas. E observou que o sócio da Kiss, Elissandro Spohr, não permitiu o uso de fogos de artifício na primeira vez que a banda que ele produzia foi tocar na casa noturna. Na sequência, foi ao plenário o desenhista industrial Maike Adriel dos Santos, 29 anos. No dia do incêndio ele foi comemorar o aniversário de uma amiga, que não sobreviveu.
Última a depor, a sobrevivente Cristiane dos Santos Clavé, 34, afirmou que teve que fechar os olhos e tatear nas paredes para conseguir sair da boate. Do lado de fora, disse que passou "por cima de corpos" no chão para procurar um amigo, que acabou morrendo no local.
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