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Homem flagra cobra 'pescando' em lagoa de chácara de SC; veja

Caio Santana

Do UOL, em São Paulo

10/12/2021 16h20Atualizada em 11/12/2021 07h59

O empresário Edmilson José da Silva, de 49 anos, tinha acabado de almoçar em uma chácara do seu irmão, que fica em Jaraguá do Sul (SC), no último fim de semana, quando resolveu ir para a beira de uma lagoa e se deparou com uma cena inusitada: uma cobra havia acabado de "pescar" um peixe, garantindo sua refeição.

"Isso aconteceu na nossa pescaria habitual na chácara. Elas moram por lá, são nossas vizinhas", conta Edmilson, em entrevista ao UOL.

Foi o sobrinho Caio Cesar Silva, de 20 anos, que recebeu o vídeo dele e postou em uma rede social, marcando um biólogo.

"Meu tio foi na lagoa depois do almoço e presenciou a cena de duas cobras d'água que estavam 'pescando' na nossa lagoa", conta o auxiliar administrativo.

Na segunda-feira (6), Christian Raboch, biólogo da Fujama (Fundação Jaraguaense do Meio Ambiente), viu o vídeo enviado por Caio e compartilhou em seu próprio perfil no Instagram, chamando atenção dos seus 35 mil seguidores. Segundo o jovem, a família já presenciava alguns peixes fora da água por dias.

"Não estávamos entendendo o que estava acontecendo, se os peixes estavam se 'suicidando', qual era o problema. Agora, perto do verão, está sendo bem comum a gente avistar essas cobras, que são bem calmas", relata ele. Em novembro, uma cobra falsa-coral subiu nos pés de um casal, também em Jaraguá do Sul.

Nos vídeos gravados para a família, Edmilson chega a falar que se tratava de uma cobra caninana, espécie de serpente agressiva que pode chegar a 2,5 metros, mas que não possui veneno. Duas cobras foram vistas se alimentando dos peixes. Contudo, os exemplares do réptil que convive na lagoa da família eram do tipo cobra d'água.

"É uma cobra d'água, uma espécie bem comum na região. Não tem veneno, é inofensiva. Tem o nome de cobra d'água justamente porque vive em áreas onde tem água. Ela gosta de ficar em rio, ribeirão, lagoas", explica ao UOL Gilberto Ademar Dawe, biólogo colega de Raboch na Fujama. A alimentação dessa cobra é baseada principalmente em peixes, sapos e rãs.

A convivência com as cobras não assusta a família de Caio "Não costumamos ter nenhuma atitude, nem colocá-las para longe, porque elas são bem calmas mesmo, nunca tivemos nenhum ataque. Conseguimos conviver bem com elas", afirmou ele.