Pai de Henry acompanha audiência fora do Tribunal: 'Fico triste'

Pouco antes de começar a audiência de instrução de julgamento do Caso Henry, familiares e manifestantes se reuniram em frente ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para fazer orações e gritar por justiça.

Do lado de fora, o pai de Henry Borel, Leniel Borel, recebia o apoio dos manifestantes e lamentava pelo fato de não poder assistir a audiência por estar em condição de testemunha.

Na primeira audiência, Leniel prestou depoimento como testemunha. Desta vez, não poderá entrar e terá que assistir à audiência do lado de fora —a audiência é transmitida pelo YouTube.

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"Fui orientado pelos meus advogados e pelo promotor que eu não poderia assistir à audiência por ser testemunha. Eu fico muito triste, prefiro não comentar sobre esse código da Justiça penal. Queria estar lá em cima assistindo à justiça sendo feita pelo meu filhinho, mas eu não vou fazer nada que possa atrapalhar o processo ou anular o depoimento que dei em juízo", disse o pai de Henry Borel ao UOL.

Com palavras de ordem no megafone, apoiadores do Rio e de São Paulo pediam justiça e júri popular para Monique e Jairo. Na porta, Leniel recebia apoio de desconhecidos e familiares.

A juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal da Capital, ouve nesta terça-feira (14) testemunhas de defesa de Jairo Souza dos Santos Júnior, o ex-vereador Dr. Jairinho, padrasto da criança. Amanhã (15), será a vez de Monique Medeiros, mãe de Henry Borel.

O menino de quatro anos foi morto dentro de casa em 8 de março com 23 lesões pelo corpo. Monique e Jairinho estão presos desde abril e são acusados de homicídio duplamente qualificado.