Bolsonaro diz que vai liberar R$ 2,3 bi para cidades afetadas por chuvas

O presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou hoje que deve assinar uma MP (Medida Provisória) para liberar R$ 2,3 bilhões em crédito extraordinário aos ministérios da Infraestrutura e do Desenvolvimento Regional. Os recursos serão utilizados para obras nos estados afetados pelas fortes chuvas nas últimas semanas, como Bahia e Minas Gerais, por exemplo.

A MP deve ser editada "até segunda-feira [17]", de acordo com Bolsonaro.

"Só no ano passado, você [Tarcísio de Freitas, ministro da Infraestrutura] conseguiu R$ 200 milhões em crédito especial para dar uma arrumada nisso que a natureza estragou. Só que as chuvas prosseguiram, tivemos problemas mais sérios em Minas Gerais e outros estados do Brasil", disse o presidente durante sua live semanal.

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Segundo o ministro Tarcísio de Freitas, que também participou da transmissão, a pasta da Infraestrutura deve receber R$ 1 bilhão, que financiarão trabalhos de recuperação. Ele também definiu a situação como "extraordinária" e disse que a chuva em 2022 "veio em um volume muito maior" do que nos anos anteriores.

"Tivemos muitas quedas de barreiras, interrupções das mais diversas vias, rompimentos de taludes, encabeçamento de pontes, então é um trabalho bastante grande. São vários pontos de interdição total ou parcial, e a gente vai ter que restabelecer a mobilidade das pessoas, garantir a segurança de trafegabilidade. Esse dinheiro vai ser muito importante", completou.

"Também está previsto R$ 1,3 bilhão para o [Ministério do] Desenvolvimento Regional, do ministro Rogério Marinho, para outras obras, estas mais localizadas", emendou Bolsonaro.

Kalil cobrou

Mais cedo, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), já havia feito duras críticas ao governo federal e cobrado maior entrosamento entre o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o presidente Jair Bolsonaro — aliados políticos — para ajudar os mais atingidos pelos temporais no estado.

"Não queremos helicóptero, não queremos ministro. Queremos que ele [Bolsonaro] passe para o amigo dele um Pix. Faça um Pix para o Zema de R$ 1 bilhão e vai resolver o problema, se tiver capacidade de resolver", disse Kalil em participação no UOL Entrevista, transmitido pelo Canal UOL. (Assista abaixo)

O mais importante é a ajuda. Eu posso ligar e falar 'governador, estou ocupado, estou de férias, doente, fazendo o que eu quiser, mas estou mandando ajuda, depois passo aí'. O que não pode é 'não mando ajuda, nem passo aí'. Porque entre ele [Bolsonaro] vir aqui visitar e mandar o dinheiro para Minas Gerais, continuo preferindo o cheque, o Pix.
Alexandre Kalil, no UOL Entrevista