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374 cidades de MG entram em situação de emergência, mais de 40% do estado

Vista aérea da barragem do Carioca, na cidade de Pará de Minas, no interior do estado de Minas Gerais - Eduardo Anizelli/Folhapress
Vista aérea da barragem do Carioca, na cidade de Pará de Minas, no interior do estado de Minas Gerais
Imagem: Eduardo Anizelli/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

13/01/2022 17h15

Subiu para 374 o número de cidades em situação de emergência devido às fortes chuvas que atingem Minas Gerais nas últimas semanas. O número corresponde a 43% de todo o Estado, que possui 853 municípios.

Segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (13) pela Cedec (Coordenadoria Estadual de Defesa Civil), Minas contabiliza até agora 26.492 pessoas desalojadas e outras 4.047 que estão desabrigadas. São 25 mortes desde o início do período chuvoso --cinco somente em Brumadinho.

Na lista de cidades em situação de emergência constam a capital, Belo Horizonte, Nova Lima, Betim, Montes Claros, Governador Valadares, Caratinga, Teófilo Otoni e Pará de Minas --que lançou até mesmo um alerta pedindo a moradores para deixarem as suas casas devido ao risco de rompimento de uma barragem--, dentre outras.

Até o momento, segundo o governo do Estado, mais de 36 mil itens de ajuda humanitária foram entregues aos municípios nas regiões atingidas: 11.820 cestas básicas, 4.157 colchões, 10.125 kits limpeza e 10.555 kits higiene.

Com o agravamento da situação no Estado, o governo local criou o Comitê Gestor de Medidas de Prevenção e Enfrentamento das Consequências do Período Chuvoso, que conta com as participações de Forças de Segurança e secretarias de Estado para dar apoio aos municípios atingidos.

Zema pede suspensão de tarifa na conta de luz

O governador Romeu Zema (Novo) disse hoje que pediu à gestão de Jair Bolsonaro (PL) a suspensão da taxa extra na conta de luz para todo o Estado e que os mineiros "não podem ser penalizados" com o custo aplicado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Enviei ao Ministro de Minas e Energia pedido de suspensão da Bandeira vermelha de Escassez Hídrica na conta de luz em nosso Estado. Neste momento de recuperação econômica dos efeitos da pandemia, agravado pela crise das finanças estaduais, em que somos atingidos por chuvas que ocasionam verdadeiro cenário de guerra, a solidariedade com os mineiros é emergencial. Não podemos ser penalizados com o custo determinado pela Câmara de Gestão Hidroenergética e aplicado pela Aneel. Romeu Zema, em seu perfil no Twitter

Ontem, o Ministério de Minas e Energia já havia informado que a bandeira tarifária de escassez hídrica —que acrescenta R$ 14,20 às contas de luz a cada 100 kWh consumidos— deve seguir em vigor até o fim de abril, mesmo após as fortes chuvas registradas nas últimas semanas e o consequente aumento no nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas.