Pescador fisga peixe de quase 100 kg no RN - e quase perde lucro da venda
Uma tarde de pesca comum virou um dia de recordes para Gilvan do Nascimento, de 41 anos, que fisgou um peixe de quase 100 kg e mais de 2 metros de comprimento em Canguaretama, no litoral sul do Rio Grande do Norte. Gilvan conseguiu vender o peixão, mas abaixo do preço que gostaria, já que não tinha freezer para conservá-lo.
Gilvan contou ao UOL que estava sozinho no mar quando fisgou o peixe, da espécie Camarupim, também conhecido como Pirapema. Sem conseguir tirá-lo das águas, ele teve que esperar cerca de duas horas pela ajuda de um outro pescador, usando a tática de "cansar" o animal para que ele não fugisse.
No final, Gilvan acabou vendendo a pesca por R$ 500, quando poderia ter quase dobrado o valor. Ele admite que poderia ter conseguido um preço melhor, com ao menos R$ 900, mas afirma que temeu perder totalmente o lucro, já que retirou o animal das águas no final da tarde de domingo e não tinha freezer em casa para mantê-lo conservado.
"Eu estava sozinho pescando. Botei a isca e em uns cinco minutos o peixe bateu. Comecei a trabalhar com o peixe, a cansar ele, mas eu sozinho para colocar ele para fora...era muita coisa, porque ele era muito grande. Um parceiro apareceu e me ajudou a colocar ele para fora, mas ele não estava nem se batendo mais", detalha o pescador.
Gilvan detalha que já havia se deparado com outros peixes grandes na região, mas o maior que já tinha pegado até a tarde de domingo (06) era "um pouco menor que aquele".
Além de precisar de ajuda para retirar o espécime, preso à linha de nylon, ele também contou com uma força-tarefa com membros formada por seus primos para arrastar o bicho até sua casa, a alguns metros da praia. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra o grupo se esforçando para transportar o peixe.
"Eu sozinho não tinha condição de trazer esse peixe pra minha casa, os meus primos me ajudaram a trazer", conta o pescador.
O caso de Gilvan lembra o dos pescadores de um atum de R$ 140 mil, no ano passado, que ficaram sem a "bolada" porque não conseguiram conservar o peixe até a venda.
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