Vídeo mostra último registro de irmãos mortos em passeio de jet ski em SP
Um vídeo que circulou em grupos de WhatsApp mostra o último registro dos irmãos Everton e Maycon Oliveira Pereira de Andrade, de 27 e 28 anos, ainda vivos, durante passeio de jet ski em Itanhaém (SP). Os dois foram assassinados a tiros numa marina localizada no rio Itanhaém, no último sábado (5). O principal suspeito do homicídio, o proprietário do estabelecimento, ainda não foi localizado pela polícia.
Nas imagens, Maycon filma o irmão, Everton, enquanto ele realiza algumas evoluções com o jet ski. "Boa! Sabadão, olha como os menino tá", diz. Ao final, Everton acena para a câmera, com o polegar para cima.
Quando finalizavam o passeio e estavam recolhendo os jet skis da água, na Marina do Félix, os irmãos teriam discutido com o proprietário do local. Segundo a polícia, testemunhas disseram que, minutos depois, o homem teria sacado um revólver, atirado diversas vezes contra os jovens e fugido em seguida. Os irmãos foram baleados na cabeça.
Agentes da PM encontraram um dos irmãos caídos no chão, já sem vida, às margens do rio. O segundo corpo só foi localizado no domingo (6), após uma busca náutica da equipe do Corpo de Bombeiros realizou uma busca náutica, no fundo do rio Itanhaém.
O motivo da discussão não foi revelado pela polícia. Mas a viúva de um dos rapazes foi ouvida de forma anônima pela TV Tribuna, afiliada da TV Globo na Baixada Santista e Vale do Ribeira. Muito assustada, ela afirmou que o dono da marina seria uma pessoa "explosiva" e que costumava ameaçar pessoas.
Eles foram andar de jet ski. [...] Foram se divertir, estavam de folga. Tiveram uma discussão. Ninguém sabe dizer o por quê. Mas, sabe? Chamasse a polícia! A gente tem medo porque ele era uma pessoa muito conhecida. Ele era uma pessoa explosiva, o dono da marina. Ele ameaçava as pessoas e agora vai ficar foragido. Vai ficar impune.
Ela conta que, além da dor de ter que reconhecer o corpo do cunhado, ainda teve de lidar com o desaparecimento do marido no leito do rio Itanhaém. Com medo, ela e a cunhada deixaram suas casas no bairro onde moravam há 8 anos.
"Se ele matou meu marido a sangue frio e o marido da minha cunhada a sangue frio, quem dirá o que vai acontecer com a gente? Não tem como ele falar que foi legítima defesa, porque tem prova, tem testemunha, tem tudo. Eu só quero justiça, que a polícia prenda ele e que ele pague por tudo o que ele fez", conclui.
O caso, registrado como homicídio na Delegacia Seccional de Itanhaém, está sendo investigado pelo 2º DP da cidade. O delegado que cuida do caso solicitou exames periciais ao IC (Instituto de Criminalística) e ao IML (Instituto Médico Legal) e hoje ouviu testemunhas ligadas aos fatos.
Complexo de lazer às margens do rio Itanhaém
A marina onde ocorreu o crime é, na verdade, um complexo de lazer que fica na Avenida Benedito Antônio Muniz, no bairro Coronel, às margens do Rio Itanhaém, no município que leva o mesmo nome, no litoral de São Paulo. O local é conhecido como Marina do Felix. Nas redes sociais, o estabelecimento é apresentado com diversos nomes, em páginas diferentes.
No Facebook, Marina Lanchonete Felix, Quiosque Beira Rio e Sabor Praiano Rancho são as principais páginas. Porém, esta última foi retirada do ar na tarde de hoje.
O UOL contatou, por telefone, o responsável pelo Sabor Praiano. E foi informado que se tratava de um restaurante, que estaria sob nova direção, não estando mais ligado ao complexo da marina.
No Instagram, o perfil @saborpraianomarinafelix publicou ontem (8) um aviso, informando que o estabelecimento não estaria funcionando devido a "problemas particulares".
A área ocupada pela marina conta com restaurante, quiosque de lanches, piscina, espaço kids, pier para atracação de embarcações de pequeno porte e rampa para a prática de jet ski. Do outro lado do Rio Itanhaém, a empresa possui uma chácara que é alugada para eventos. O empreendimento ainda oferece passeios a cavalo e passeios de barco pelo rio Itanhaém e também no mar.
O UOL tentou contato com os empreendimentos do complexo, por mensagens de texto, ligações e redes sociais, mas, até o momento, não obteve resposta.
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