Preso suspeito de matar venezuelano por causa de dívida de R$ 100 em SP
Um homem, de identidade ainda não revelada, foi preso ontem suspeito de ter assassinado um jovem venezuelano de 21 anos, em Mauá, na Região Metropolitana de São Paulo, na última quinta-feira (3). A vítima, identificada como Marcelo Caraballo, teria se envolvido numa discussão devido a uma dívida de R$ 100, referente ao aluguel de sua residência, e acabou morto a tiros.
No imóvel em questão, viviam 10 venezuelanos, incluindo homens, mulheres e crianças. A polícia não soube precisar quantas famílias coabitavam o espaço.
A informação foi confirmada pelo 1º DP de Mauá ao UOL. Segundo a Polícia Civil, o caso ocorreu em uma rua no Jardim Oratório e a vítima morreu na hora. O suspeito teve prisão temporária decretada e foi detido ontem. A corporação informou que, agora, trabalha para finalizar o inquérito e relatá-lo ao Poder Judiciário.
Nas redes sociais, familiares e amigos lamentaram a morte de Caraballo. "Uma grande tristeza para todo aquele que te conheceram. Um grande amigo e uma grande pessoa", escreveu uma amiga venezuelana.
O suspeito não teve o nome revelado e ainda não há informações se ele já teve defesa constituída. Este espaço será atualizado tão logo haja manifestação por parte de seus representantes legais.
A Equipe de Base Warmis, organização de mulheres que atua no combate à discriminação, publicou uma nota repudiando o caso e relembrando a morte do congolês Moise Mugenyi Kabagambe, 24 anos, na praia da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, no dia 24 de janeiro.
No passado final de semana, enquanto nos mobilizávamos pela morte do Moise, aconteceu outro crime de xenofobia e racismo que acabou com a vida de Marcelo, migrante venezuelano que morava em Mauá (SP). Uma e outra vez gritamos: basta de xenofobia, basta de racismo! Exigimos justiça para o Marcelo e para todas as pessoas migrantes e refugiadas que perdem a vida nesse país por causa da intolerância e a falta de respeito à diversidade!
Equipe de Base Warmis
No sábado (5), manifestantes se uniram em diversas cidades do Brasil para protestar contra a morte de Moise.
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