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Estalos em universidade de SP assustam candidatos em concurso da Petrobras

Apesar do susto, Defesa Civil garantiu que estalos e rachaduras não representam problemas na estrutura de prédio da universidade  - Reprodução/Unib
Apesar do susto, Defesa Civil garantiu que estalos e rachaduras não representam problemas na estrutura de prédio da universidade Imagem: Reprodução/Unib

Do UOL, em São Paulo

21/02/2022 12h40Atualizada em 21/02/2022 12h47

Candidatos que prestavam um concurso da Petrobras na tarde de ontem se assustaram com rachaduras e estalos no prédio da Universidade Ibirapuera, que aplicava a prova na capital de São Paulo.

Os bombeiros foram acionados até o local por volta das 13h40 de ontem, 20 minutos antes do início previsto segundo o edital do Cebraspe (Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos), responsável pela aplicação do exame.

Nas redes sociais, candidatos relataram que o exame foi adiado por mais de duas horas em vários dos andares do prédio "por motivo de abalo da estrutura", lamentando que o concurso tenha seguido normalmente mesmo diante do "psicológico abalado" de muitos dos participantes.

"Em minha sala, mesmo com a unanimidade dos candidatos em não querer realizar a prova, tivemos que pegar a prova e ainda esperar por uma hora para poder sair da sala, tudo isso para poder assinar a lista de presença e provar que estávamos na sala de aula", detalhou uma das pessoas presentes, em um desabafo nas redes sociais, exigindo um posicionamento do Cebraspe.

Outra testemunha destacou o descumprimento do edital previsto para o exame, com o adiamento do início da prova, que terminou apenas às 20h30 para os participantes envolvidos, e o acesso a eletrônicos liberado em algumas salas.

"Enquanto se espera 'foi liberado para alguns candidatos, utilizarem celulares, para ligar para familiares', ou seja outro descumprimento do Edital, pois é 'vetado o uso de aparelhos celulares, eletrônicos, dentro do local de realização da prova'. Resumindo, os candidatos, depois de mais de 2 horas de espera, encontram-se em total DESVANTAGEM, tanto emocional quanto psicológica, em relação aos demais. Pergunto: é justo?", escreveu uma outra mulher em seu perfil no Facebook.

Apesar dos transtornos e do susto dos concorrentes, a Defesa Civil de São Paulo afirmou que não encontrou sinais de risco no prédio da Universidade Ibirapuera, localizada na avenida Interlagos.

Foram constatadas algumas fissuras na estrutura e "uma rachadura entre as salas 41 e 43", mas os danos estão em uma parede não estrutural. Já os "estalos" ouvidos pelos participantes vieram de pisos soltos e da quantidade de pessoas que estavam no interior do prédio, segundo nota enviada ao UOL pela SMSU (Secretaria Municipal de Segurança Urbana), subordinada à prefeitura.

A direção da Universidade Ibirapuera foi orientada a executar os reparos necessários o mais rápido possível. A reportagem tenta contato com a unidade de ensino, caso haja retorno a matéria será atualizada.

Em nota ao UOL, o Cebraspe destacou que as reclamações sobre os barulhos no prédio foram feitas antes do início da prova e que os candidatos nos dois primeiros andares puderam começar o exame na hora determinada pelo edital.

Já o exame no terceiro e quarto andar foi adiado dada a necessidade "de uma avaliação mais detalhada, tendo em vista rachaduras nas paredes". Ainda assim, o Centro defendeu que os participantes envolvidos não foram prejudicados.

"Dessa análise, decorreu a interdição de 10 das 45 salas previstas para aplicação no terceiro e quarto andares do prédio. Assim, houve a reorganização dos candidatos nas salas restantes liberadas e, em seguida, foram iniciadas as provas. O atraso para o início das provas foi compensado ao final, a fim de que não restasse prejuízo aos candidatos, não havendo, portanto, programação de nova data para o certame", concluiu o comunicado.