Sobe para 198 número de mortes em decorrência das chuvas em Petrópolis
Subiu para 198 o número de mortos em decorrência dos deslizamentos provocados pelas chuvas em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, na semana passada. A informação foi divulgada hoje pela prefeitura com base em dados da Polícia Civil.
Ao menos 181 vítimas já foram identificadas. A Polícia Civil também informou hoje que 68 pessoas são consideradas desaparecidas após o temporal de 15 de fevereiro— o mais letal da história de Petrópolis.
Entre os mortos, 119 são do sexo feminino e 79, do masculino. A Polícia Civil indica que 37 das vítimas eram menores de idade.
A Assistência Social atende 811 pessoas nos 13 pontos de apoio espalhados pela cidade.
As pessoas que precisaram sair de suas casas por conta dos deslizamentos e não podem ser acolhidas por familiares estão sendo orientadas a se instalarem em pontos de apoio, como as escolas da cidade.
Equipamentos parados
Nesta quarta (23), o UOL informou que nove equipamentos que foram instalados em 2016 pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) para acompanhar em tempo real deslizamentos de terra estão parados desde janeiro de 2018 por falta de verba do governo federal para a manutenção. Uma das ETRs (Estações Totais Robotizadas) deveria funcionar na cidade de Petrópolis.
De acordo com o Cemaden —órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações—, os equipamentos precisam ser calibrados e receber manutenção periódica em laboratório para que possam funcionar. No entanto, isso não ocorreu nos últimos anos por falta de recursos.
Além de Petrópolis, outras duas cidades na região serrana do Rio deveriam contar com as estações: Nova Friburgo e Teresópolis. Angra dos Reis, no litoral do estado, também deveria ter o equipamento. Completam a lista Mauá e Santos (SP), Blumenau (SC), Recife (PE) e Salvador (BA).
As ETRs exercem um papel complementar ao monitoramento pluviométrico e de umidade do solo. Os equipamentos detectam deslizamentos que podem atingir imóveis em poucos minutos e, nessas ocasiões, não são tão eficientes para emissão de alertas a tempo de evitar um desastre. No entanto, as ETRs têm função importante para planejamento e pesquisa.
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