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Musa de Carnaval e influencer fitness: quem é PM expulsa devido a atestados

Andressa Christine Medeiros dos Santos, era lotada na Coordenadoria de Polícia Pacificador - Reprodução/Redes Sociais
Andressa Christine Medeiros dos Santos, era lotada na Coordenadoria de Polícia Pacificador Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Do UOL, em São Paulo

17/03/2022 13h44Atualizada em 17/03/2022 13h44

Musa de um bloco de Carnaval, adepta de shows de música eletrônica e influenciadora de vida fitness: a ex-cabo Andressa Christine Medeiros dos Santos, 33, que foi expulsa da Polícia Militar do Rio de Janeiro, mostra uma vida com hobbies agitados nas redes sociais.

Ela foi desligada da corporação no sábado (12), acusada de enfileirar atestados para se licenciar do trabalho, enquanto frequentava as festas e compartilhava uma rotina de exercícios físicos intensos.

Nas redes sociais, Andressa mantém postagens do segundo semestre de 2018 e do início de 2019 em que aparece tomando sol, fazendo exercícios físicos e nos ensaios da Banda Amigos da Barra, que selecionou a ex-PM como musa de seu bloco no Carnaval, em um período em que Andressa estava - segundo atestado - em recuperação de um ferimento causado por arma de fogo.

"Quem samba, seus males espanta", escreveu ela em uma das postagens, já carregando a faixa de musa.

A mulher também se dedica há anos às dicas para uma dieta saudável, compartilhando receitas de doces fitness e detalhes de suas refeições, além de registros de treinos na academia.

Ela exibe o resultado da rotina em uma série de posts em cenários paradisíacos, como durante um passeio de lancha por Angra dos Reis e em uma piscina com borda infinita.

"Pisciana, bailarina e atleta", como definido em sua biografia no Instagram, Andressa se casou em outubro do ano passado e costuma marcar presença em festivais de música eletrônica ao lado do companheiro. Em seu perfil, ela também não deixou de mostrar seu lado fã, posando ao lado de DJs como Zuffo, Ariel Lisboa e do próprio filho, que também trabalha na área.

Após declarar que pretende recorrer da expulsão da Polícia Militar, ela também usou as redes sociais para rebater as acusações feitas contra ela por desconhecidos, nos comentários das postagens.

"Boa tarde, venho por meio desta informar aos que estão m hostilizando com palavras de baixo calão que seus perfis estão sendo devidamente encaminhados a delegacia de crimes da internet e os senhores serão responsabilizados pelos seus atos. No mais, não espero que me adorem, ainda menos que me odeiem, viso apenas esclarecimento dos fatos, no momento isso só é importante para a minha vida, não afeta mais ninguém, não vejo motivo para alguns serem perversos em seus comentários", escreveu em seus stories.

Outro lado

O advogado da ex-cabo, Fabio Tobias, alega que a policial tinha respaldo médico para frequentar as atividades e que parte das fotos incluídas no inquérito eram de datas anteriores aos atestados.

"A PM tem um Conselho de Revisão Disciplinar interno composto por três policiais. Nesse conselho, a defesa comprovou que a policial tinha autorização médica civil e militar para participar das atividades. Ela sempre teve ótimo comportamento na PM e inclusive, no conselho, os três policiais foram a favor da Andressa. Depois, o caso foi remetido para o comandante do Batalhão, ele também concordou com a permanência dela, mas quando o caso seguiu para o secretário, decidiu pelo licenciamento ex-officio. Não houve observância de todo o processo", disse Tobias, ao UOL.

Para Tobias, a saída foi motivada por perseguição de dois superiores. "Não sei precisar o motivo, mas quando percebi no IPM (Inquérito Policial Militar) que estava ocorrendo lesão à minha cliente, a primeira coisa que fiz foi representar contra esse dois policiais militares por calúnia e pelo artigo 324 do código militar que ocorre quando o militar deixa de observar normas e leis".