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Caso Lara: Pai diz que família não tinha desavenças e fala em 'maldade'

Lara Maria, 12 anos, saiu para comprar refrigerante e desapareceu. O corpo dela foi encontrado com marcas de violência - Reprodução
Lara Maria, 12 anos, saiu para comprar refrigerante e desapareceu. O corpo dela foi encontrado com marcas de violência Imagem: Reprodução

Colaboração para o UOL, em São Paulo

22/03/2022 11h04

A Polícia Civil começou a ouvir nesta semana os familiares da menina Lara Maria de Oliveira Nascimento, 12, encontrada morta no sábado (19), em um matagal em Campo Limpo Paulista (SP). Os parentes manifestaram indignação com o crime e exigem Justiça.

Em entrevista à TV Tem, emissora afiliada da TV Globo, o pai da vítima, Reginaldo de Oliveira, declarou estar atordoado diante da tragédia e afirmou não compreender o ocorrido, já que a filha era cercada de cuidados. Segundo ele, nunca houve problemas dentro da família ou discórdia com pessoas de fora.

"Que a gente saiba, ninguém falou de nós. Eu sou super de boa, minha mulher também, minha família é bem estruturada. É do serviço para casa, ela não ficava na casa de ninguém. Então, não havia motivo para alguém fazer maldade conosco", relatou o pai da adolescente, disse Oliveira.

Ele também indicou que a família tinha conhecimento da vida de Lara entre os amigos e colegas de escola, principalmente porque o celular da menina era sempre fiscalizado e ela não tinha perfis em redes sociais. Desse modo, ainda não foram encontradas razões para que alguém próximo esteja envolvido no crime.

Também foi ouvida a tia da adolescente, Rosemari de Oliveira Nascimento, que acompanhava Reginaldo em um depoimento na delegacia de investigações gerais (DIG) de Jundiaí ontem (21).

Ela afirmou que todos os parentes estão empenhados em colaborar com a investigação para entender o que realmente aconteceu com Lara e encontrar o responsável pelo crime.

"O que a gente puder ajudar para descobrir quem foi que fez isso com a minha sobrinha, a gente vai descobrir", pontuou Rosemari.

Por outro lado, Fábio Costa, o advogado da família, explicou que todas as possíveis motivações para o assassinato de Lara estão sendo investigadas pela polícia, levando em conta todas as pessoas e ambientes que faziam parte da vida da menina.

"A princípio, nenhuma linha de investigação está descartada. Se o crime foi relacionado a briga de família ou a algo que aconteceu na escola. Até mesmo qualquer coisa ligada à vizinhança. Nenhuma linha principal foi definida até o momento", declarou ele.

Inconformado, Reginaldo exigiu que o assassinato de Lara seja solucionado e que o culpado seja identificado.

"A morte da minha filha não será em vão. Pelo que fizeram com ela e pela maneira como minha filha foi sepultada, não é justo que um monstro como esse fique impune".

O que se sabe até agora

O corpo de Lara Maria de Oliveira Nascimento foi encontrado pela polícia no sábado (19), em um matagal a cerca de 5 km de sua residência na região de Francisco Morato, no interior paulista.

As buscas começaram depois que a família notou o seu desaparecimento na última quarta-feira, logo depois que Lara saiu de casa para comprar um refrigerante em um estabelecimento próximo de casa. Mais tarde, o corpo foi reconhecido pelos parentes.

De acordo com as autoridades, a menina tinha sinais de violência pelo corpo. Um laudo preliminar também constatou que ela morreu de traumatismo craniano. Até o momento ninguém foi preso.