Brumadinho: Quem são as 4 'joias' que faltam ser localizadas em MG
Quatro pessoas seguem desaparecidas após três anos do rompimento da barragem de rejeitos do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG). Três das vítimas eram funcionárias da Vale e a quarta estava de férias em uma pousada que foi levada pela lama.
Mais cedo, a Polícia Civil de Minas Gerais anunciou que encontrou mais uma "joia" — termo usado pelo governo de Minas Gerais para se referir aos mortos no desastre.
Conhecido como Licão, Olímpio era natural de Caeté, também em Minas Gerais. O corpo foi encontrado em abril e a identificação foi confirmada após exame de DNA.
Olímpio é a segunda vítima identificada nos últimos dois meses. Antes, em 3 de maio, a ossada do engenheiro Luís Felipe Alves também foi encontrada. Com a confirmação de hoje, o número de desaparecidos quase três anos e meio após o desastre cai para quatro.
Todos são procurados na mais duradoura operação de resgate da história, iniciada em 25 de janeiro de 2019.
Confira quem são os desaparecidos:
Tiago Tadeu Mendes da Silva
Tiago tinha 34 anos e trabalhava como mecânico industrial na Vale.
Ele estava no refeitório da mina no momento em que barragem se rompeu, de acordo com parentes, e deixou dois filhos pequenos.
Nathália de Oliveira Porto Araújo
Estagiária administrativa da Vale, Nathália de Oliveira Porto Araújo, 25, estava no refeitório quando a barragem se rompeu.
Segundo o marido, o GPS do seu smartphone apontava para uma região na Cachoeira das Ostras, mas as buscas acabaram sendo infrutíferas.
Maria de Lurdes da Costa Bueno
Moradora de São José do Rio Pardo (SP), Maria de Lurdes da Costa Bueno, 59, passava as férias com a família na Pousada Nova Estância.
O imóvel acabou soterrado pela lama após barragem da Vale romper, em janeiro de 2019. Ela não foi mais vista desde então.
Cristiane Antunes Campos
Cristiane Antunes Campos tinha 34 anos, sendo 10 dedicados à Vale.
Ela começou a atuar na empresa como motorista de caminhão, quando surgiu a oportunidade de se graduar em um curso de técnico em mineração.
Em 2018, passou a ser supervisora de mina.
Relembre o caso
A tragédia em Brumadinho foi registrada na tarde de 25 de janeiro de 2019 após o rompimento de uma barragem de rejeitos da empresa mineradora Vale, que ainda atingiu outras duas estruturas da empresa, a cerca de 60 km de Belo Horizonte.
A lama atingiu a área administrativa da mina, onde estava a maioria das vítimas (funcionários da Vale e de empresas terceirizadas), além de uma pousada, propriedades rurais e casas de moradores.
O rompimento aconteceu na região do córrego do Feijão, que deságua no rio Paraopeba, três anos e dois meses após o rompimento de uma barragem da Samarco em um distrito de Mariana, também em Minas Gerais. A Vale é uma das controladoras da Samarco. 19 pessoas morreram na ocasião e milhares perderam as casas em função do vazamento de 40 bilhões de litros de lama.
Segundo o site da mineradora Vale, a barragem principal que rompeu em Brumadinho tinha capacidade de 12,7 milhões de metros cúbicos. Para efeito de comparação, a barragem da Samarco, operada pela Vale com a australiana BHP, tinha 50 milhões de metros cúbicos de rejeitos.
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