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Brumadinho: Quem são as 4 'joias' que faltam ser localizadas em MG

Cristiane Antunes Campos, Nathália de Oliveira Porto Araújo, Tiago Tadeu Mendes da Silva e Maria de Lurdes da Costa Bueno continuam desaparecidos - Reprodução
Cristiane Antunes Campos, Nathália de Oliveira Porto Araújo, Tiago Tadeu Mendes da Silva e Maria de Lurdes da Costa Bueno continuam desaparecidos Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

07/06/2022 17h16Atualizada em 07/06/2022 17h16

Quatro pessoas seguem desaparecidas após três anos do rompimento da barragem de rejeitos do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG). Três das vítimas eram funcionárias da Vale e a quarta estava de férias em uma pousada que foi levada pela lama.

Mais cedo, a Polícia Civil de Minas Gerais anunciou que encontrou mais uma "joia" — termo usado pelo governo de Minas Gerais para se referir aos mortos no desastre.

Conhecido como Licão, Olímpio era natural de Caeté, também em Minas Gerais. O corpo foi encontrado em abril e a identificação foi confirmada após exame de DNA.

Olímpio é a segunda vítima identificada nos últimos dois meses. Antes, em 3 de maio, a ossada do engenheiro Luís Felipe Alves também foi encontrada. Com a confirmação de hoje, o número de desaparecidos quase três anos e meio após o desastre cai para quatro.

Todos são procurados na mais duradoura operação de resgate da história, iniciada em 25 de janeiro de 2019.

Confira quem são os desaparecidos:

  • Tiago Tadeu Mendes da Silva

Tiago Tadeu Mendes da Silva - Reprodução/Facebook - Reprodução/Facebook
Tiago Tadeu Mendes da Silva
Imagem: Reprodução/Facebook

Tiago tinha 34 anos e trabalhava como mecânico industrial na Vale.

Ele estava no refeitório da mina no momento em que barragem se rompeu, de acordo com parentes, e deixou dois filhos pequenos.

  • Nathália de Oliveira Porto Araújo

Nathália de Oliveira Porto Araújo - Reprodução/Arquivo Pessoal - Reprodução/Arquivo Pessoal
Nathália de Oliveira Porto Araújo
Imagem: Reprodução/Arquivo Pessoal

Estagiária administrativa da Vale, Nathália de Oliveira Porto Araújo, 25, estava no refeitório quando a barragem se rompeu.

Segundo o marido, o GPS do seu smartphone apontava para uma região na Cachoeira das Ostras, mas as buscas acabaram sendo infrutíferas.

  • Maria de Lurdes da Costa Bueno

Maria de Lurdes da Costa Bueno - Reprodução/Facebook - Reprodução/Facebook
Maria de Lurdes da Costa Bueno
Imagem: Reprodução/Facebook

Moradora de São José do Rio Pardo (SP), Maria de Lurdes da Costa Bueno, 59, passava as férias com a família na Pousada Nova Estância.

O imóvel acabou soterrado pela lama após barragem da Vale romper, em janeiro de 2019. Ela não foi mais vista desde então.

  • Cristiane Antunes Campos

Cristiane Antunes Campos - Reprodução/Facebook - Reprodução/Facebook
Cristiane Antunes Campos
Imagem: Reprodução/Facebook

Cristiane Antunes Campos tinha 34 anos, sendo 10 dedicados à Vale.

Ela começou a atuar na empresa como motorista de caminhão, quando surgiu a oportunidade de se graduar em um curso de técnico em mineração.

Em 2018, passou a ser supervisora de mina.

Relembre o caso

A tragédia em Brumadinho foi registrada na tarde de 25 de janeiro de 2019 após o rompimento de uma barragem de rejeitos da empresa mineradora Vale, que ainda atingiu outras duas estruturas da empresa, a cerca de 60 km de Belo Horizonte.

A lama atingiu a área administrativa da mina, onde estava a maioria das vítimas (funcionários da Vale e de empresas terceirizadas), além de uma pousada, propriedades rurais e casas de moradores.

O rompimento aconteceu na região do córrego do Feijão, que deságua no rio Paraopeba, três anos e dois meses após o rompimento de uma barragem da Samarco em um distrito de Mariana, também em Minas Gerais. A Vale é uma das controladoras da Samarco. 19 pessoas morreram na ocasião e milhares perderam as casas em função do vazamento de 40 bilhões de litros de lama.

Segundo o site da mineradora Vale, a barragem principal que rompeu em Brumadinho tinha capacidade de 12,7 milhões de metros cúbicos. Para efeito de comparação, a barragem da Samarco, operada pela Vale com a australiana BHP, tinha 50 milhões de metros cúbicos de rejeitos.