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PE: Câmara nomeia dois delegados para apurar morte de indígena em abordagem

Indígenas protestam para que a polícia se manifeste sobre morte de Edivaldo Manuel de Souza - Reprodução / Twitter (@PataxoThyara)
Indígenas protestam para que a polícia se manifeste sobre morte de Edivaldo Manuel de Souza Imagem: Reprodução / Twitter (@PataxoThyara)

Gabriela Vinhal

do UOL, em Brasília

18/06/2022 12h06

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), determinou hoje que dois delegados especiais liderem a investigação da morte do indígena Edvaldo Manoel de Souza, 61 anos, da etnia Atikum, após uma abordagem policial em Carnaubeira da Penha, no interior do estado.

No Twitter, Câmara informou que os delegados João Leonardo Freire e Daniel Angelim irão trabalhar em parceria com o Ministério Público no caso. "Além dessa apuração, um inquérito policial militar e um procedimento inicial pela Corregedoria-Geral da Secretaria de Defesa Social também estão em curso", escreveu.

Segundo relatos de lideranças indígenas da comunidade, Edinaldo teria sido agredido até a morte por policiais militares em frente à sua casa, na Aldeia Olho D'Água do Padre, em Terra Indígena Atikum. Ele teria sido socorrido, mas não resistiu e morreu antes de dar entrada em uma unidade de saúde.

Na quinta (16), mais de 200 indígenas do povoado Atikum protestaram contra a morte do conterrâneo. Segundo relato da Apoinme (Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo), Edinaldo teria sido abordado por policiais que buscavam uma espingarda. O indígena, ao responder que não tinha a arma, foi agredido por "vários minutos".