PE: Entidades acusam PMs de espancar indígena idoso até a morte
Mais de 200 indígenas do povo Atikum protestaram, ontem, em Carnaubeira da Penha (PE) contra a morte do conterrâneo Edivaldo Manuel de Souza, de 61 anos. Ele teria sido agredido por militares até não resistir, de acordo com lideranças indígenas.
Segundo relato da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme), Manuel de Souza teria sido abordado por policiais que buscavam uma espingarda. O indígena, ao responder que não tinha a arma, foi agredido por "vários minutos".
"Ao responder que não possuía espingarda nenhuma, um policial deu um tapa violento no tórax da vítima, e quanto mais os policiais perguntavam e Edivaldo negava a propriedade de uma espingarda, mais ele apanhava. Essa violência durou por vários minutos, até o ponto em que a vítima não aguentou mais e desmaiou", narrou a articulação.
O ataque aconteceu, alegadamente, na frente da casa de Edivaldo, na Aldeia Olho D'água do Padre, na Terra Indígena Atikun. Ele teria saído de sua casa para investigar um barulho que escutou em seu quintal.
Após a morte membros da tribo Atikum desceram "a serra [...] ocupando a cidade, exigindo que as autoridades tomem providências urgentes e punam os policiais que não tiveram os nomes divulgados".
Segundo o portal JC, a Apoinme já procurou o Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco para denunciar o caso.
O UOL entrou em contato com a Secretaria de Defesa Social do Pernambuco e com o MPF no estado e, em caso de manifestações, esta matéria será atualizada.
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