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RJ: Polícia sofreu com esquema de espionagem, revela comandante do Bope

Policiais do Bope fazem operação em comunidade do Rio de Janeiro - Reprodução/ Facebook
Policiais do Bope fazem operação em comunidade do Rio de Janeiro Imagem: Reprodução/ Facebook

Do UOL, em São Paulo

22/06/2022 18h54Atualizada em 22/06/2022 18h54

No Rio de Janeiro, o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) foi prejudicado por serviços de espionagem e repasse de informações para traficantes nos últimos meses, segundo seu comandante, o tenente coronel Uirá do Nascimento Ferreira. A declaração foi referente à prisão de duas mulheres na madrugada de ontem, que seguiam comboio do Bope.

"O sigilo é extremamente importante para o sucesso das nossas operações, quando ele é quebrado, isso possibilita que criminosos se preparem para a nossa chegada, armando emboscadas graves, montando barricadas e surpreendendo nossas equipes", disse Ferreira.

Em coletiva de imprensa hoje, o tenente afirmou que há provas de que operação e chacina na Vila Cruzeiro, em maio, foram vazadas para os criminosos. Veículo da polícia teria sido fotografado e enviado para lideranças criminosas.

No mesmo evento, o delegado Hilton Alonso, da 21ª DP, destacou a importância da prisão de Carolina Teixeira da Silva e Keley Cristina Domingos dos Santos, as mulheres envolvidas com espionagem, já que representam "a ponta do iceberg". Atualmente, a polícia está investigando a quais grupos elas estavam conectadas.

"As duas foram presas por associação ao tráfico. Agora estamos fazendo diligências, analisando imagens das câmeras de segurança e ouvindo testemunhas, tudo sob sigilo para identificar o funcionamento do esquema e para quem elas repassavam essas informações", relatou.

Segundo a polícia, as mulheres espionavam o Bope de pelo menos dois lugares na capital fluminense: um apartamento em Laranjeiras, alugado há cerca de 5 meses, e de uma loja na Rua Frei Caneca, alugada há dois meses.

Polícia deve esforçar-se para desmantelar a espionagem

O porta-voz da PM (Polícia Militar) do Rio de Janeiro, coronel Ivan Blaz, também esteve presente na coletiva. De acordo com ele, o novo objetivo da polícia será destituir esse "serviço de inteligência" do crime organizado.

"Além de fortemente armados para o combate e operante na área da comunicação, principalmente nas redes sociais, o crime organizado agora mostrou que está mobilizando um serviço de inteligência que coloca em risco nossas equipes e a sociedade", explicou.