App do governo emite CPF digital com foto mostrando peladão de fundo no PA
O advogado e ator paraense Andrey Moura, 32, viveu uma situação no mínimo inusitada ao descobrir que o marido aparece pelado ao fundo da foto 3x4 usada em seu CPF digital.
Ao acessar o aplicativo do governo federal viu que a ferramenta havia emitido o documento automaticamente, após captura de imagem via reconhecimento facial. O que ele não sabia é que o dispositivo fotografou mais que seu rosto, mas todo o ambiente, onde o marido, o engenheiro ambiental César Fialho, 33, aparece ao fundo da imagem, deitado, na cama, jogando videogame e completamente sem roupa.
Andrey usou as redes sociais para relatar o caso de forma divertida. A publicação já tem mais de 52 mil curtidas e centenas de comentários.
A repercussão surpreendeu o advogado. "Quando postei, não achei que iria ter toda essa repercussão, até porque tenho poucos seguidores".
Assim que descobriu o fato, Andrey ligou para o marido para contar o que havia acontecido e os dois se divertiram com a situação.
"Na hora, ele não estava comigo e quando contei lembrei o dia em que fiz esse reconhecimento facial. Até comentamos que, apesar de dar para perceber que ele está pelado, quando você dá o zoom na foto não fica tão explicito. Nos divertimos muito com os comentários do Twitter."
Ao UOL, Andrey contou que acessou o aplicativo para encerrar a inscrição no MEI (Micro Empreendedor Individual) e se espantou quando viu que o app gerou um documento que não solicitou — ainda mais com a tal foto.
Entrei para dar baixa no MEI e, para isso, tinha que passar por algumas etapas — uma delas era o reconhecimento facial. Na hora que posicionei a câmera na tela oval só aparecia meu rosto. Encaixei e bati a foto. Na semana seguinte, acessei de novo (o aplicativo) e tinha uma mensagem que havia três documentos disponíveis, mas quando cliquei só tinha o CPF digital. Foi aí que vi meu marido pelado no fundo da foto. Foi um susto, fiquei desesperado, mas depois achei engraçado.
Segundo o advogado, não havia qualquer orientação no aplicativo do governo sobre a necessidade de observar o fundo, na hora de registrar a imagem. "Tanto que nem me preocupei e fiz (a foto) no quarto, de qualquer jeito, sem camisa porque para mim só aparecia meu rosto na tela", comentou.
Ao notar o "erro", Andrey procurou uma opção de retificação no aplicativo e diz que não pretende levar o caso adiante.
"Na verdade, acabei deixando para lá porque consegui resolver bem rápido. Assim que fiz a foto nova, foi substituída quase instantaneamente e pude visitar o documento e ver que havia mudado, por isso, acabei não ligando para essas questões judiciais".
O UOL entrou em contato com o governo para questionar sobre o arquivamento de fotos e sobre a geração de documentos que podem apresentar problemas como este, mas ainda não recebeu resposta.
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