Crime da Mega-Sena: suspeita de emprestar conta bancária é presa
A GCM (Guarda Civil Municipal) de Santa Bárbara d'Oeste, no interior de São Paulo, informou neste domingo (18) que prendeu a segunda suspeita de participar do assassinato de Jonas Lucas Alves Dias, ganhador da Mega-Sena em 2020.
A mulher, identificada como Rebeca, teria emprestado sua conta bancária para o grupo realizar as transferências via Pix, segundo a polícia. Ao UOL, a GCM informou que a suspeita foi encontrada em situação de rua.
No sábado (17), a polícia prendeu Rogério Espíndola —também suspeito de envolvimento no crime. A reportagem não localizou a defesa dele e de Rebeca.
Outras duas pessoas seguem foragidas. Uma delas seria o motorista de um dos carros que participou do sequestro de Jonas. Essa pessoa, segundo a polícia, chegou a entrar em uma agência bancária com o objetivo de movimentar dinheiro da vítima.
A polícia afirma que o prêmio de R$ 47 milhões foi a motivação do crime. A investigação tenta entender qual a ligação de Rebeca: se participou do planejamento da ação criminosa, ou se cedeu a conta bancária sem saber o motivo, ou mesmo por ter sido pressionada.
Relembre o caso. Segundo familiares da vítima, Jonas saiu para fazer uma caminhada em Hortolândia, interior de São Paulo, por volta das 6h30 de terça-feira (13), mas não retornou. Ao final do dia, foi registrado o desaparecimento na polícia.
A polícia afirma que ele foi capturado a cerca de 100 metros de sua casa e passou cerca de 20 horas com os suspeitos. Ainda não se sabe se a vítima foi levada para um cativeiro durante esse período.
O grupo usava ao menos dois carros: uma caminhonete S-10 e um Ford Fiesta preto —identificados com o auxílio das imagens de câmeras de monitoramento.
Jonas foi encontrado no dia seguinte pela manhã em um trevo da Rodovia Bandeirantes. Ele estava com sinais de espancamento —exames constataram que a vítima sofreu traumatismo cranioencefálico.
Os criminosos agiram com extrema violência, até pelo fato de deixarem a vítima às margens de uma rodovia, em um dia frio. Uma crueldade."
Juliana Ricci, uma das delegadas responsáveis pelo caso
Pix de R$ 3 milhões. Segundo a polícia, cerca de duas horas após o sequestro, por volta das 8h30, os criminosos foram até uma agência da Caixa Econômica Federal, em Campinas.
Um dos suspeitos desceu do carro com o cartão e a senha da vítima. A ideia era tentar cadastrar uma chave Pix para fazer uma transferência de R$ 3 milhões.
Sem sucesso nessa primeira tentativa, teriam conseguido fazer um Pix de R$ 17,8 mil para conta de Rebeca, segundo apontam as investigações.
Além de Rebeca e Rogério, a polícia identificou, mas ainda busca:
- Homem de 22 anos, motorista do Ford Fiesta e responsável por entrar no banco para realizar as transferências;
- Homem de 38 anos, motorista da S-10.
"A população pode auxiliar o trabalho policial por meio de denúncias do paradeiro dos autores. As denúncias podem ser feitas por meio dos telefones de emergência 190 ou, se preferirem, o disque denúncia, por meio do telefone 181", diz a Secretaria de Segurança Pública.
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