Polícia descobre casa de prostituição suspeita de explorar adolescentes
Um casal e um rapaz de 19 anos foram autuados pela polícia ao serem flagrados no comando de uma casa de prostituição em Praia Grande (SP). No imóvel, que fica no bairro Guilhermina, os investigadores encontraram 105 preservativos masculinos, máquinas de cartão de crédito, cigarros clandestinos, livro contábil e vários folhetos contendo "regras da casa", impondo sanções às mulheres que descumprissem as ordens do casal no atendimento de clientes.
Os folhetos ficavam nos quartos das mulheres e apresentam as regras de convivência da casa. Elas eram avisadas sobre a proibição de brigas e discussões na casa, sob pena de serem mandadas embora. Manter a casa limpa, sem louça suja na pia, é outra regra, assim como cozinhar alimentos com odores fortes somente antes das 19h.
"Após esse horário, a utilização de frituras ou alimentos que atrapalhem a higiene do local será aplicado multa", avisa o folheto. "Após uso do quarto, limpe (retirar camisinhas do local) para a próxima usar. Após o horário de atendimento, é proibido ficar no quarto, mesmo que seja com cliente. Cumpra o horário dos atendimentos (se ficar no quarto após o horário de atendimento, será aplicado multa)".
As regras da casa também obrigam as mulheres a estarem sempre arrumadas, maquiadas, bem vestidas "e de salto" no salão, às 22h. A acompanhante que não seguisse essa regra, ficaria quatro dias sem trabalhar. Recusar atendimento também poderia dar problema. Se o motivo fosse fútil, a mulher teria que pagar aos responsáveis pelo local o valor de um atendimento completo.
Por fim, e não menos importante, a direção da casa deixa claro que o pagamento deve ser cobrado antes do atendimento aos clientes. E que as mulheres deveriam manter anúncio atualizado, com publicação de sete fotos por semana.
Denúncia de jovem do Amazonas
A polícia chegou à casa graças a uma denúncia de uma jovem do Amazonas que chegou à cidade em janeiro, a convite de uma amiga, para passar as férias escolares. Ela passou alguns dias na casa e, quando disse que queria ir embora, o casal a impediu de sair, alegando que ela teria uma dívida de R$ 1.390, pelas despesas que gerou durante sua estadia.
A jovem, de 16 anos, conseguiu fugir do imóvel e retornar para o Amazonas, comunicando a Polícia Civil do estado sobre o que havia ocorrido. Após a realização de algumas investigações, a polícia de lá entrou em contato com a polícia de Praia Grande, que decidiu averiguar.
Agentes da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher de Praia Grande) se dirigiram ao local e interrogaram os suspeitos, que disseram funcionar naquele endereço uma casa de massagem. "Mas não foi visualizado pelos policiais civis macas ou qualquer outro objeto normalmente utilizado na execução desse serviço", informou a polícia, em nota.
O casal, um homem de 32 anos, e uma mulher de 21 anos, mais um suspeito de 19 anos que estava na residência, foram indiciados por manter a casa de prostituição. Ações de investigação permanecem em desenvolvimento para apurar, além do delito de manter casa de prostituição, o crime de exploração sexual de crianças e adolescente.
Informações que auxiliem na elucidação desses crimes podem ser concedidas de forma anônima via telefone 181 (Disque Denúncia).
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