RS: Polícia procura dupla por golpes em app de relacionamento LGBTQIA+
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul tenta identificar uma dupla de homens que aplicam golpes durante encontros marcados por meio de um aplicativo de relacionamentos destinado ao público LGBTQIA+. A investigação foi iniciada depois de um homem denunciar um caso ocorrido na última quinta-feira (6), em Porto Alegre.
Segundo o depoimento da vítima, ela já havia se encontrado com pessoas por meio do aplicativo. Ela marcou um encontro em sua casa com os dois homens, que chegaram ao local por volta das 19h.
De acordo com a delegada Andrea Mattos, da Delegacia de Combate à Intolerância, os homens chegaram a encenar um interesse romântico no rapaz antes de iniciarem as agressões.
"Os dois homens chegaram, tomaram uma cerveja e fumaram um cigarro. Na sequência, os rapazes pediram à vítima para que todos fossem para o quarto. Quando estavam se dirigindo ao quarto, um deles sacou uma arma e deu uma coronhada na cabeça da vítima. Então eles amordaçaram a vítima, amarraram os braços dela e ali deram início à violência patrimonial", explica a delegada.
Os criminosos mantiveram a vítima sob seu poder durante aproximadamente uma hora. Ainda de acordo com a delegada, eles inicialmente roubaram aproximadamente R$ 1 mil que a vítima mantinha guardada em espécie em sua casa. Em seguida, obrigaram o rapaz a transferir por Pix todo o dinheiro que tinha em sua conta bancária —cerca de R$ 10,4 mil. Eles ainda levaram uma caixa de som que pertencia à vítima.
A delegada Andrea Mattos afirma que o prédio da vítima não tinha sistema de vigilãncia, mas que câmeras da vizinhança flagraram os dois homens —que usavam máscaras e bonés— na chegada e na saída do local do crime. Agora a investigação tentará identificar os dois criminosos.
"Pelo que observamos nas imagens, eles chegaram e foram embora usando corrida de aplicativos de transporte. Agora vamos oficiar as empresas de transporte e o próprio aplicativo de relacionamentos, porque queremos saber como funciona o cadastro. Também iremos oficiar o banco, até porque foi feito um Pix para uma conta. Com certeza é um laranja, mas é importante que a gente saiba esse caminho [do dinheiro]", detalha ela.
Os investigadores suspeitam que outras pessoas já tenham sido vítimas da dupla de criminosos antes do caso desta quinta-feira. A delegada Andrea Mattos pede que a Delegacia de Combate à Intolerância seja procurada por pessoas que tenham informações sobre os golpistas ou outros casos.
"O que chegou ao nosso conhecimento é que outras pessoas já foram vítimas nesse mesmo modus operandi. Estou clamando para que as pessoas façam denúncias ou nos deem mais informações, porque sabemos que muitas vezes existe vergonha por envolver app de paquera e por ter sido enganado", completa ela.
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