RJ: Namorado confessa à polícia ter matado jovem desaparecida e é liberado
A técnica de enfermagem Rita de Kássia Nogueira Matias Santos, 27, que estava desaparecida desde o último domingo (13) foi encontrada morta no bairro de Bento Ribeiro, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na noite desta terça-feira (15). Segundo familiares, o último a ver a jovem foi o namorado, o estudante de Enfermagem Iago Lacê Falcão, 26, com quem a vítima teve um breve relacionamento. Ele confessou o crime, segundo a Polícia Civil, mas não foi preso por não estar em condição de flagrante.
Rita Nogueira trabalhava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Nilópolis, na Baixada Fluminense. A prefeitura emitiu uma nota de pesar pela morte da jovem e pediu para que a "Justiça dê a devida punição ao assassino confesso". Isso porque Igor foi, junto com uma advogada, no último domingo, na Delegacia de Homicídios da Capital, confessou o crime, disse o paradeiro do corpo, mas, mesmo assim saiu pela porta da frente. A Polícia Civil alegou que não era necessária a prisão, pelo fato de o suspeito ter se apresentado espontaneamente, e que aguarda laudos da perícia.
Na delegacia, a advogada de Iago, que não se identificou, disse que ele se apresentou espontaneamente e que irá aguardar a conclusão do inquérito para se manifestar.
A família acredita que o crime possa ter sido motiva por problemas do suspeito com sentimentos de posse e insegurança em relação ao ex-marido da técnica de enfermagem, com quem ela ficou por cerca de dez anos.
A cunhada de Rita, Yasmin Santos, disse ao UOL que Igor chegou a dizer que estava "preocupado" com o sumiço da namorada.
"Nós nem conhecíamos ele. A mãe dela chegou a mandar uma mensagem para ele perguntando sobre a Rita. Os dois estavam juntos, então o óbvio seria ele saber. Nós procuramos ele na rede social, porque ninguém tinha o telefone. Ele teve a cara de falar que a Rita estava alterada, que eles brigaram e que não sabia dela, que estava desesperado sem notícias dela".
Rita e o namorado estavam juntos há pouco mais de um mês, mas se conheciam antes por trabalharem na mesma área. "Ela nunca citou que ele era violento, teve uma vez que ela disse que ele era possessivo. Foi tudo muito rápido, ninguém está conseguindo acreditar ainda. A família foi destruída", lamentou Yasmin.
O corpo de Rita foi encontrado com as mãos, os pés e o pescoço amarrados na casa da família de Iago. O imóvel, segundo vizinhos, estava abandonado há cerca de dez anos.
"Você não imagina perder alguém tão querida dessa forma, descobrir barbaridades, e depois ouvir que o assassino que fez isso, que fez ela sofrer, está na rua. Daqui a um mês ele provavelmente vai estar fazendo outra vítima", desabafou a madrasta Raquel da Silva durante o enterro realizado hoje no Cemitério de Nilópolis.
Uma perícia foi feita no carro de Iago Lacê, onde ele teria transportado o corpo da vítima. Segundo a Polícia Militar, agentes do 9º BPM (Rocha Miranda) foram acionados, mas quando chegaram ao local uma equipe da Delegacia de Homicídios da Capital já estava presente onde a jovem havia sido encontrada morta.
Por ainda ser estudante de Enfermagem, Iago foi afastado do Programa de Residência em Enfermagem da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
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